Josef Stalin, antigo governante da União Soviética responsável pelo Holodomor - Foto por U.S. Signal Corps photo pelo Wikimedia Commons
Holodomor

Parlamento Europeu reconhece o Holodomor como genocídio

O Holodomor, também é conhecido como a 'Grande Fome', causou milhões de mortes de ucranianos por inanição

Éric Moreira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 15/12/2022, às 16h03

Nesta quinta-feira, 15, o Parlamento da União Europeia reconheceu o período chamado de 'Holodomor' — também referido como a 'Grande Fome' da Ucrânia Soviética; quando houve o extermínio de milhões de ucranianos durante o governo da União Soviética —, como um genocídio por parte do regime vigente na época, de Josef Stalin.

De acordo com informações da ANSA publicadas no UOL, a aprovação do Parlamento Europeu se deu com 507 votos favoráveis à alegação de que o período deveria ser considerado um genocídio, contra somente 12 contrários e outras 17 abstenções.

O texto aprovado diz que a fome "artificial causada por uma política deliberada do regime soviético em 1932 e 1933 foi um genocídio contra o povo ucraniano."

Por fim, ainda no texto do Parlamento Europeu, é pedido para que "todos os países e organizações internacionais" sigam o mesmo caminho da União Europeia, enquanto também critica e aponta similaridades entre o regime de Vladimir Putin e de Stalin pela "manipulação da memória histórica."

Parlamento Europeu durante debate acerca do Holodomor / Crédito: Getty Images

 

Holodomor

O 'Holodomor', também conhecido como 'Fome-Terror' ou 'Grande Fome', foi um período, de 1932 a 1933, em que a população da Ucrânia — na época, parte da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) — sofreu com um extermínio de mais de 3 milhões de pessoas por inanição do governo, após a decisão de Joseph Stalin de confiscar toda a produção agrícola do país.

Até os tempos atuais, porém, a grande crise é debatida especialmente pelo governo ucraniano, que afirma que as políticas adotadas por Stalin foram, na verdade, uma ação proposital do regime comunista para submeter os camponeses locais, que ainda resistiam à coletivização das lavouras, à fome e incentivando a exportação dos grãos produzidos para o financiamento da industrialização da União Soviética.

No entanto, a Rússia — principal país, atualmente, da antiga URSS — sempre afirmou que o 'Holodomor' nunca foi intencional, e que outras nações soviéticas também sofreram na época.

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