O pedaço de vidro esculpido encontrado na escavação - Universidade de Durham
Arqueologia

Na Inglaterra, peça de jogo de tabuleiro viking é descoberta por mãe de escavador

Feita de vidro, a peça tem mais de 1.200 anos e foi enterrada junto a um membro da elite da Nortúmbria, de acordo com arqueólogos

Wallacy Ferrari Publicado em 11/02/2020, às 10h00 - Atualizado às 10h20

Durante uma jornada de escavações arqueológicas na ilha de Lindisfarne, na costa norte da Inglaterra, uma peça de vidro azul coroada com um anel de bolinhas brancas foi descoberta em uma vala, datada entre os séculos VIII e IX. Os arqueólogos do projeto acreditam que a peça compõe um jogo de tabuleiro com origem da Era Viking, chamado Hnefatafl ("jogo do rei", em tradução livre).

O grupo de escavação, orientado pela DigVentures e realizado em parceria com a Universidade de Durham, é composto inteiramente por voluntários e contava com alguns entusiastas ao redor de uma vala escavada em busca de destroços de um histórico mosteiro da ilha, quando Heather Casswell, mãe de um membro, visitando a ilha para comemorar seu aniversário, encontrou a peça azul.

Do tamanho de uma tampa de garrafa pet, acredita-se que a peça foi deixada na ilha por um combatente nórdico após os saques na ilha, em 793 d.C., que é considerado o primeiro grande ataque viking na Bretanha.

Além da peça, outros artefatos relacionados ao ataque foram descobertos durante as escavações realizadas pelo projeto DigVentures no ano passado: dois anéis de cobre, um alfinete de cobre, uma fivela de bronze e várias moedas anglo-saxônicas. Todos os objetos tem uma característica em: são objetos de metalurgia, pelo qual o mosteiro da ilha era famoso.

Professor de Arqueologia na Univesidade de Durham, o Dr. David Petts era o principal responsável pela escavação e afirmou que a descoberta, além de importante, revela uma visão sobre a vida no mosteiro da época: “É semelhante a vários outros exemplos encontrados em assentamentos e locais de comércio ao redor do Mar do Norte, e mostra não apenas que havia pessoas em Lindisfarne que tinham lazer, mas que estavam bem conectadas”, afirmou através da plataforma digital da DigVentures.

A universidade disponibilizou a visualização de um modelo 3D escaneado da pedra, que pode ser visitado aqui.


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