Duas perfurações identificadas pela equipe de pesquisa; uma no crânio, outra no fêmur - Oliver Creighton / Universidade de Exeter
Inglaterra

Pesquisa revela que flechas medievais causavam feridas piores que de balas

Os vestígios encontrados apontam que os disparos eram feitos em sentido horário, causando um efeito cruel

Wallacy Ferrari Publicado em 07/05/2020, às 11h37

Ossos encontrados em um convento dominicano foram examinados por pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra. 22 fragmentos de esqueletos, repletos de lesões obtidas em batalhas, revelaram a violência das flechas disparadas em combates com diversos furos e traumas.

Entre os ossos, haviam 3 dentes, um fêmur esquerdo, uma tíbia direita, um úmero esquerdo e um crânio completo. Todos os fragmentos apresentaram danos causados por flechadas. Além de furos pontudos que chegam a atravessar as estruturas, os pesquisadores acreditam que os objetos giravam em sentido horário, proporcionando maior eficiência.

A datação dos ossos varia entre 1482 a 1645 d.C., com exceção do crânio, que foi datado entre 1405 e 1447, e a tíbia, de 1284 a 1395. Isso aponta que os vestígios encontrados no mosteiro não são das mesmas pessoas, variando entre batalhas ao longo de quatro séculos.

O professor e arqueólogo Oliver Creighton liderou a análise da universidade e explicou a importância da descoberta: “Esses resultados têm implicações profundas na nossa compreensão do poder do arco medieval; pela forma como reconhecemos o trauma das flechas no registro arqueológico; e para onde as baixas de batalha foram enterradas”.

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