Os vestígios encontrados apontam que os disparos eram feitos em sentido horário, causando um efeito cruel
Wallacy Ferrari Publicado em 07/05/2020, às 11h37
Ossos encontrados em um convento dominicano foram examinados por pesquisadores da Universidade de Exeter, na Inglaterra. 22 fragmentos de esqueletos, repletos de lesões obtidas em batalhas, revelaram a violência das flechas disparadas em combates com diversos furos e traumas.
Entre os ossos, haviam 3 dentes, um fêmur esquerdo, uma tíbia direita, um úmero esquerdo e um crânio completo. Todos os fragmentos apresentaram danos causados por flechadas. Além de furos pontudos que chegam a atravessar as estruturas, os pesquisadores acreditam que os objetos giravam em sentido horário, proporcionando maior eficiência.
A datação dos ossos varia entre 1482 a 1645 d.C., com exceção do crânio, que foi datado entre 1405 e 1447, e a tíbia, de 1284 a 1395. Isso aponta que os vestígios encontrados no mosteiro não são das mesmas pessoas, variando entre batalhas ao longo de quatro séculos.
O professor e arqueólogo Oliver Creighton liderou a análise da universidade e explicou a importância da descoberta: “Esses resultados têm implicações profundas na nossa compreensão do poder do arco medieval; pela forma como reconhecemos o trauma das flechas no registro arqueológico; e para onde as baixas de batalha foram enterradas”.
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