Pesquisadores levantaram uma hipótese que explica porque o gênio da arte deixou escondida a obra misteriosa
Vanessa Centamori Publicado em 25/07/2020, às 08h34
Dentro do quadro abstrato “Natureza Morta”, de 4 de fevereiro de 1922, Pablo Picasso deixou uma pintura oculta, que só foi descoberta recentemente por uma equipe do Instituto de Arte de Chicago, dos Estados Unidos.
O achado foi feito por meio de raios X e infravermelho, que revelaram um estilo não muito recorrente nas obras do artista espanhol. Ele costumava pintar por cima de obras anteriores e fazer traços para compor o que já havia começado antes. Entretanto, nesse caso específico, Picasso escondeu o quadro com uma espessa camada branca de tinta, iniciando uma nova obra do zero.
A obra oculta contém uma jarra, uma caneca e um objeto retangular que pode ser um jornal. Todos os objetos estão em uma mesa ou em uma cadeira. A composição é muito similar às outras obras de Picasso, expostas no Museu de Arte de Gotemburgo, na Suécia.
Em entrevista ao site IFLScience, a pesquisadora Allison Langley contou de 1921 a 1922, o espanhol traçou dois estilos diferentes: Picasso criava naturezas-mortas cubistas lineares, mas também figuras neoclássicas e outras naturezas-mortas. "Talvez ele não tenha conseguido encontrar um alinhamento lúdico ou artístico das formas curvilíneas da primeira natureza-morta e das arestas duras da composição abstrata linear final nesse caso", explicou a especialista.
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