Na região, existem cerca de 6.000 locais de importância histórica e arqueológica, dos quais 2.300 são oficialmente catalogados como sítios arqueológicos protegidos
Fabio Previdelli Publicado em 16/06/2020, às 10h23
Segundo o jornal israelense Yediot Ahronot relatou nesta terça-feira, 16, o chamado Plano de Paz que será estabelecido pelo presidente americano Donald Trump, colocará (ou vai manter) um grande número de sítios arqueológicos localizados na Cisjordânia — muitos dos quais estão ligados à história e tradição judaica —, sob o comando da Palestina.
O relatório foi divulgado enquanto o governo israelense continua discutindo a anexação de partes da Cisjordânia em conexão com o plano. A medida, que estenderia a lei e a soberania de Israel sobre partes da Área C controlada por Israel, deve começar a vigorar já em julho próximo.
De acordo com os dados apresentados no relatório e fornecidos pela organização Preserving the Eternal, que se descreve como uma rede de entidades dedicadas a “proteger antiguidades em Israel, Judéia e Samaria ”, existem cerca de 6.000 locais de importância histórica e arqueológica na área — dos quais 2.300 estão oficialmente catalogados como sítios arqueológicos protegidos.
Além disso, a organização descreveu 365 sítios como tendo grande importância para sua conexão com a herança nacional de Israel, com 258 deles localizados na Área C. A Preserving the Eternal, advertiu que, com base em mapas divulgados no contexto do plano de paz de Trump, 135 desses lugares serão transferidos para o controle palestino.
No passado, a organização frequentemente denunciava como os sítios arqueológicos sob a responsabilidade da Autoridade Palestina não foram adequadamente protegidos e preservados, não apenas sendo vítima de saques e vandalismo, mas também sofrendo danos no contexto de projetos de construção.
O governo ainda não decidiu e divulgou os detalhes dos territórios da Cisjordânia que devem ser anexados a partir de julho, em cumprimento parcial do plano dos EUA. A questão dos sítios arqueológicos deveria ser discutida durante a reunião do Comitê de Relações Exteriores e Defesa do Knesset que acontece na noite desta terça-feira, em horário local, mas o item foi retirado da agenda devido a restrições de tempo.
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