Naomi Lewis sofre há 9 meses com dores devido a toxina de planta - Divulgação / University of Queensland / Naomi Lewis
Árvore venenosa

Por encostar em árvore venenosa, australiana sofre com dores insuportáveis há nove meses

Segundo mulher, que caiu em planta com neurotoxina, as dores que sente são 'piores do que a do parto'

Giovanna Gomes Publicado em 30/03/2023, às 08h02

Uma mulher australiana passou nove meses sofrendo com dores "insuportáveis" depois de ser "picada" por uma árvore venenosa conhecida popularmente como "planta suicida".

Naomi Lewis, de 42 anos de idade, estava praticando mountain bike em Cairns, em Queensland, quando caiu em um barranco e encostou na árvore Gympie-Gympie (Dendrocnide moroides). A planta é nativa da Austrália e produz uma neurotoxina semelhante à de uma aranha, o que causa dor intensa ao entrar em contato com a pele.

Em entrevista à ABC News, Lewis descreveu a sensação da picada como se sua pele tivesse pegando fogo. Ela foi levada ao hospital e ficou internada por sete dias, sendo tratada com analgésicos e compressas térmicas. Nove meses depois, no entanto, ela ainda se queixa de dores.

"Foi horrível, absolutamente horrível. Foi 100% a pior dor do mundo", disse a mulher, que completou: "tive quatro filhos, três cesáreas e uma natural. Nenhum deles chega nem perto".

De acordo com informações do portal de notícias UOL, um estudo publicado na Emergency Medicine Australasian informou que outras 48 pessoas também acabaram se dirigindo ao pronto-socorro da mesma cidade após contato com a árvore nos últimos três anos.

Planta suicida

A Gympie-Gympie é uma das quatro espécies de árvore urticante da Austrália e costuma ser encontrada em áreas ensolaradas e protegidas do vento, ao longo de córregos, trilhas para caminhada e estradas dentro da floresta. Suas folhas são largas, ovais ou em forma de coração com bordas serrilhadas, e as frutas são brancas ou vermelhas.

De acordo com a fonte, a planta é coberta por pequenos pelos que liberam uma neurotoxina quando tocados. A penugem funciona como pequenas agulhas e pode ficar presa à pele, causando dores por meses e deixando a área lesionada coberta por manchas vermelhas.

Especialistas recomendam que a área afetada não seja esfregada, uma vez que isso pode dificultar a remoção dos pelos. Estes, por sua vez, podem ser removidos com tiras de cera.

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