Carrie Lam em 2018 - Wikimedia Commons
China

Por não ter conta bancária, executiva-chefe de Hong Kong afirma ter que manter "muito dinheiro em casa"

Devido às sanções impostas pelos Estados Unidos, Carrie Lam disse que está recebendo seu salário em espécie

Alana Sousa Publicado em 30/11/2020, às 13h00

Carrie Lam, executiva-chefe de Hong Kong, revelou em entrevista à rede televisiva inglesa HKIBC que mantém muitas pilhas de dinheiro em sua casa. A confissão, que gerou diferentes respostas ao redor do mundo está diretamente relacionada as sanções impostas pelos Estados Unidos, em agosto deste ano.

“Sentada na sua frente está uma executiva-chefe da Região Administrativa Especial de Hong Kong, que não tem nenhum serviço bancário disponível para ela”, disse Lam em entrevista. “Tenho muito dinheiro em casa, o governo está me pagando meu salário em dinheiro porque não tenho conta no banco”, continuou.

Além de afirmar que usa o dinheiro todos os dias, o caso levantou questionamento sobre como o governo realizaria o pagamento de seu salário. Atualmente, ela é uma das mulheres mais bem pagas do mundo recebendo um valor mensal de cerca de 670 mil dólares (mais de três milhões e meio de reais em conversão para nossa moeda).

Sanções impostas pelos EUA

Em agosto, mais uma polêmica envolvendo os Estados Unidos e a China repercutiu no mundo. Após o governo do país asiático anunciar que iria implantar uma lei de segurança nacional. Assim, tornando mais fácil punir manifestantes opositores, como criticou alguns especialistas.

Como resposta, o Tesouro dos EUA, em seguida, impôs sanções à Carrie e mais outras dez autoridades de Hong Kong e da China continental. Em comunicado, Washington acusou a executiva de “implementar as políticas de supressão da liberdade e processos democráticos de Pequim”, conforme noticiou a BBC.

Em contrapartida, um porta-voz de Lam afirmou na época: “Falando em nome de seus colegas seniores que estão sendo visados, a Chefe do Executivo, Sra. Carrie Lam, disse que estamos cumprindo o honroso dever de salvaguardar a segurança nacional, protegendo a vida e os interesses não apenas dos 7,5 milhões de pessoas de Hong Kong, mas também dos 1,4 bilhões de continentais”.

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