As vítimas, que foram capturadas pela multidão na última sexta-feira, eram consideradas suspeitas de crimes; o caso foi relatado pela polícia do país
Giovanna Gomes Publicado em 04/12/2023, às 07h37
As autoridades policiais de Diepsloot, na África do Sul, relataram que sete pessoas que seriam suspeitas de crimes foram capturadas, amarradas e queimadas vivas por uma multidão em uma das cidades mais violentas do país.
Mavela Masondo, porta-voz da polícia, afirmou que "a investigação preliminar indica que as vítimas foram atacadas e queimadas vivas" na noite de sexta-feira. A polícia prontamente enviou reforços para o local.
Um morador testemunhou: "Eles foram perseguidos, capturados e amarrados antes de serem mortos. Sim, foi um 'necklacing'", referindo-se ao método de execução que implica o uso de um pneu (ou cordas) em torno do pescoço da vítima, seguido pela aplicação de gasolina antes do incêndio.
De acordo com o portal de notícias UOL, o porta-voz enfatizou que a polícia "condenou veementemente" os acontecimentos. A África do Sul enfrenta uma das mais altas taxas de criminalidade do mundo.
De acordo com lideranças da "township" de Diepsloot, com população de 350 mil habitantes predominantemente negra e localizada ao norte de Joanesburgo, as autoridades abandonaram a cidade, o que teria contribuído para a ocorrência frequente de assassinatos e estupros.
A fonte destaca que, com uma população de cerca de 60 milhões, o país registrou, no segundo trimestre de 2023, uma média de 68 assassinatos diários, representando um aumento de quase 20% em comparação ao mesmo período de 2019.
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