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Brasil

Técnica de enfermagem é demitida depois de chamar bebê de 'macaquinho' em MG

Caso foi registrado semana passada na cidade de Belo Horizonte; comentário foi feito enquanto acompanhava mãe de recém-nascido à UTI

Éric Moreira Publicado em 04/04/2023, às 11h52

Na última semana, uma técnica de enfermagem de um hospital em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, foi demitida por justa causa depois de dizer a uma mãe de gêmeos, que ia acompanhar um dos filhos recém-nascidos à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) que "seu menino parece um macaquinho". Até houve a tentativa de recurso no caso, mas o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Minas Gerais manteve a demissão.

De acordo com o UOL, logo após o infeliz comentário, a paciente teve uma "crise de choro", conforme relato de uma testemunha. Isso sem mencionar que, segundo relatos da mãe, a funcionária teria começado a tratá-la de maneira "bastante ríspida", o que teria dificultado ainda mais seu estado emocional, já abalado também pelo parto e por um de seus filhos necessitar de cuidados na UTI. 

Então, logo no dia seguinte, o caso teria sido encaminhado à ouvidoria do hospital pela mãe e, quatro dias depois, a funcionária foi demitida, segundo o UOL.

"Sem intenção"

Durante julgamento, a técnica de enfermagem confirmou que fez, de fato, a comparação entre a criança e um macaquinho, mas alegou que a fala não foi feita com "intenção de ofender ou discriminar". Ela afirma que, ao fazer o comentário, lembrou-se da própria filha, tendo dito "o seu filho/bebê é cabeludinho, igual à minha filha, que parecia um macaquinho."

No entanto, o desembargador e relator do caso André Schmidt de Brito explicou que "o infeliz comentário" sobre o bebê, mesmo que "sem intenção pejorativa ou racista", é ofensivo. Além disso, pontuou que a funcionária sequer realizou "um necessário e esperado pedido de desculpas", e que esse comportamento evidencia "ausência de postura profissional condizente com o cargo ocupado."

A situação da puérpera é ainda mais delicada quando o bebê a que deu à luz demanda, por alguma razão, internação em UTI pediátrica, o que deixa a mãe, já fragilizada pelo estado puerperal, ainda mais apreensiva", afirmou o desembargador.
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