O insólito caso ocorreu em março deste ano e chamou a atenção da imprensa internacional
Victória Gearini Publicado em 25/03/2021, às 18h59
Nos últimos anos, ferramentas tecnológicas têm cada vez mais se tornado recorrente na vida de boa parte das pessoas em todo o globo. Graças a internet, notícias podem ser acessadas com maior facilidade e rapidez, mensagens são enviadas instantaneamente, entre outros benefícios.
No entanto, há indivíduos que se aproveitam dessas ferramentas para propagar informações falsas, cometer bullying e muito mais. Nos últimos tempos, uma nova tecnologia tem ganhado mais espaço no meio virtual, sendo intitulada de deepfake. Utilizando inteligência artificial (IA), o internauta pode criar vídeos falsos de forma realista.
No início deste mês, um exemplo desta prática viralizou na mídia internacional. Nos Estados Unidos, Raffaela Spone, de 50 anos, foi apontada como a principal suspeita de ter criado deepfakes para prejudicar a equipe de líderes de torcida do colégio de sua filha.
De acordo com o site Olhar Digital, a mulher foi presa após ser apontada como suspeita de manipular imagens e criar cenas falsas das rivais de sua filha. As gravações mostram jovens nuas, fumando e ingerindo bebidas alcoólicas.
As filmagens falsas foram enviadas para os dirigentes da equipe de animação da escola, com o intuito de difamar as garotas e, consequentemente, ocasionar a expulsão delas do time.
"O Victory Vipers sempre promoveu um ambiente familiar e sentimos muito por todos os indivíduos envolvidos. Temos políticas muito bem estabelecidas e uma política anti-bullying muito rígida em nosso programa", afirmaram os treinadores Mark McTague e Kelly Cramer em entrevista exclusiva à ABC News.
Segundo o Olhar Digital, o arquivo continha, ainda, alegações que as encorajavam a cometer suicídio. Contudo, ao tomarem conhecimento do caso, as autoridades norte-americanas acionaram um mandado de busca.
Utilizando aparelhos de rastreamento dos números, os oficiais localizaram um site de ferramentas de telemarketing. Em seguida, obtiveram o endereço IP do remetente, chegando até a suspeita.
Conforme apontou o site Olhar Digital, a mulher supostamente cometeu tal crime para “proteger” sua filha e se “vingar” das rivais da garota. Contudo, o suposto plano deu errado e Raffaela Spone foi apontada pela promotoria da Pensilvânia como a principal suspeita por assédio cibernético contra menores de idade.
No entanto, segundo o site IstoÉ, a mulher irá responder ao processo em liberdade. Já segundo o relatório do Departamento de Polícia de Hilltown Township, obtido pela ABC News, alegou que a adolescente não sabia sobre o suposto plano de sua mãe.
Vale ressaltar que para conter esse fenômeno cibernético, sites como Reddit, TikTok e Twitter criaram ferramentas para identificar e banir conteúdos de deepfake. Ainda de acordo com o Olhar Digital, tais medidas foram tomadas para proteger informações e usuários das plataformas.
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