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Notícias / Ruanda

2 mil vítimas: Homem suspeito de participar do genocídio de Ruanda é capturado após décadas

Após décadas foragido, Fulgence Kayishema finalmente responderá na Justiça por envolvimento com o sangrento massacre

Ingredi Brunato Publicado em 25/05/2023, às 15h18

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Fotografia de memorial em igreja que  Fulgence Kayishema é suspeito de incendiar - Getty Images
Fotografia de memorial em igreja que Fulgence Kayishema é suspeito de incendiar - Getty Images

Em 1994, 800 mil pessoas pertencentes principalmente à minoria étnica tutsi foram massacradas ao longo de três violentos meses em Ruanda por extremistas pertencentes à etnia hutu — quando se tratavam se seus adversários políticos, no entanto, os assassinos teriam atacado também pessoas de seu próprio grupo étnico. 

Entre os muitos responsáveis pelo chocante genocídio, estaria Fulgence Kayishema, que é suspeito de ordenar os assassinatos de 2 mil refugiados tutsi que se abrigavam dentro de uma igreja. 

Conforme acreditam as autoridades, Kayishema teria comprado gasolina e depois distribuído entre comparsas para que eles incendiassem o templo religioso, que estava repleto de homens, mulheres, crianças e idosos. Após o fogo se extinguir, os hutus ainda usaram uma escavadeira para demolir o que restava da construção, assim soterrando os sobreviventes do incêndio.

A captura 

O homem já é procurado desde 2001, de forma que permaneceu 22 anos foragido da Justiça. Sua captura, por sua vez, apenas foi possível graças a uma colaboração internacional que envolveu as autoridades da África do Sul (onde o suspeito estava escondido) e a própria ONU. 

A prisão foi o culminar de uma investigação intensa, minuciosa e rigorosa (...) Os familiares e associados conhecidos foram exaustivamente investigados. Isso acabou levando à identificação do local certo para pesquisar e encontrar a inteligência crítica necessária", relatou à CNN um funcionário do Ministério Público de Ruanda que preferiu se manter anônimo. 

Após fugir de seu país, Kayishema se mudou com a família para o Congo e depois para a África do Sul, onde vivia com documentos forjados em meio a uma comunidade de ex-membros do exército de Ruanda que ajudavam a mantê-lo fora do radar da polícia. 

Outro detalhe é que, após ser detido, ele teria dito aos oficiais que "esperava há muito tempo para ser preso", ainda de acordo com a CNN.