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Notícias / Arqueologia

Achado arqueológico romano pode ter sido usado em rituais de magia

O objeto misterioso de 12 lados foi encontrado na Bélgica; ninguém tem certeza de qual era seu uso

Eduardo Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 26/01/2023, às 14h03

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Um dodecaedro romano completo - Divulgação/Museu Galo-Romano de Tongeren, Bélgica
Um dodecaedro romano completo - Divulgação/Museu Galo-Romano de Tongeren, Bélgica

Uma pessoa com um detector de metais encontrou um fragmento de um misterioso artefato romano feito de bronze que pode ter mais de 1600 anos de idade. O dodecaedro foi encontrado na Bélgica e provavelmente era usado em rituais de magia. As informações são do site LiveScience.

Patrick Schuermans, que encontrou o fragmento do artefato na pequena cidade de Kortessem, na Bélgica, não é o único a descobrir algo parecido: nos últimos 200 anos, mais de uma centena de dodecaedros foram encontrados no norte da Europa, mas nenhum arqueólogo sabe com certeza o porquê da existência desses objetos.

O novo fragmento, que só consiste em um canto do objeto, foi entregue por Schuermans para o Museu Galo-Romano. O pedaço fazia parte de um dodecaedro que media 5 centímetros de diâmetro.

Para que serve um dodecaedro?

Guido Creemers, um curador do Museu Galo-Romano que fica em Tongeren, na Bélgica, explica que, entre as muitas hipóteses já desenvolvidas sobre o uso dos dodecaedros estão as possibilidades de que eram calendários ou instrumentos para medir a terra, mas nenhuma delas é tão provável quanto a ideia de que eles teriam algo a ver com feitiçaria e adivinhação.

Fragmento encontrado na Bélgica - Divulgação/Flanders Heritage Agency

O primeiro dodecaedro romano a ser descoberto na modernidade foi encontrado na Inglaterra no século 18. Os arqueólogos não conseguem medir a idade do metal, mas alguns foram encontrados enterrados em camadas de terra que apontam para o período entre o século 1 e o século 5 d.C..Nenhum registro escrito sobre os artefatos foi encontrado.

A maioria dos arqueólogos acredita que os objetos eram provavelmente usados em rituais mágicos, como adivinhação. A prática foi proibida quando o cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano, o que explicaria a ausência de fontes escritas sobre os dodecaedros.