Repórter afegão se encontrava do lado de fora de uma mesquita quando foi vítima de um sequestro
No dia 12 de julho, o jornalistaIrfanullah Bidar foi capturado em Jalalabad, no Afeganistão. Após quase duas semanas incomunicável, ele foi libertado nesta segunda-feira, 24.
De acordo com a Federação Internacional de Jornalistas, o profissional, que atua na Rádio Safa, foi sequestrado por um grupo de homens enquanto se encontrava do lado de fora de uma mesquita. Eles colocaram uma sacola em sua cabeça e o forçaram a entrar em um carro.
O ato, de acordo com o portal MediaTalks, foi tratado por organizações internacionais, incluindo a IFJ, como um sequestro, uma vez que não havia informações oficiais sobre sua detenção. A autoria foi atribuída a membros da Direção Geral de Inteligência (GDI), a agência nacional de inteligência do Talibã, que assumiu o controle do país em agosto de 2022.
Bidar é repórter e apresentador da estação de rádio Safa desde 2013. Durante o período em que esteve desaparecido, sua família não conseguiu contatá-lo — e os representantes do Talibã não forneceram qualquer informação sobre sua captura ou o motivo de sua prisão.
Ismail Hazrati, o diretor da Rádio Safa, relatou à mídia local que entrou em contato com as autoridades do Talibã após o desaparecimento do jornalista, mas não obteve resposta sobre seu paradeiro.
Apesar dos pedidos de explicações feitos ao porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, tanto pela IFJ quanto pelo Comitê de Proteção a Jornalistas, não houve resposta.
O irmão de Bidar, Azamatullah, afirmou ao Afghanistan Journalists Center (AFJC) que o repórter não tinha inimizades pessoais conhecidas.
É importante destacar que o desaparecimento de Bidar recebeu críticas de grupos defensores da liberdade de imprensa e organizações jornalísticas afegãs.
