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Notícias / Entretenimento

Animação ‘Luca’ quase teve personagem LGBTQ+

O filme da Pixar teria um personagem parte da comunidade, que não seria nenhum dos dois protagonistas

Redação Publicado em 22/03/2022, às 09h56

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Divulgação do filme 'Luca' (2021) - Divulgação/Pixar
Divulgação do filme 'Luca' (2021) - Divulgação/Pixar

O filme de animação “Luca (2021) contaria com um personagem membro da comunidade LGBTQ+ se a equipe criativa da Pixar pudesse continuar com seus planos iniciais para o projeto.

Isso porque a expectativa era que a melhor amiga dos protagonistas Luca e Alberto, Giulia, pudesse trazer essa representatividade, diferente do que é especulado sobre os personagens principais.

Segundo afirmou uma fonte à revista Variety, a maior dificuldade encontrada pelo estúdio foi mostrar que Giulia era LGBT sem dar a ela um interesse romântico no filme infantil.

“Muitas vezes a gente se depara com a questão ‘como fazemos isso sem dá-los um interesse amoroso?’. Isso acontece com muita frequência na Pixar,” explicou o diretor Enrico Casarosa ao The Wrap.

Falando sobre as teorias de que Luca e Alberto eram personagens LGBTQ+, o cineasta afirmou que “Luca” é um filme sobre amizade e por esse motivo “não falamos muito sobre isso.”

“Algumas pessoas parecem ficar bravas porque eu não estou dizendo sim ou não, mas eu sinto que, bem, este é um filme sobre estar aberto a qualquer diferença,” acrescentou.

A polêmica ocorre pois recentemente foi revelado que a Disney apoiava o projeto de lei “Don’t Say Gay”, que proíbe discussões sobre identidade de gênero em escolas nos Estados Unidos.

Uma carta publicada pela Variety, escrita por funcionários da Pixar, denunciou situações de censura em relação a personagens da comunidade em produções do estúdio.

“Nós, da Pixar, testemunhamos pessoalmente belas histórias, cheias de personagens diferentes e as revisões feitas pela Disney reduziam as histórias às migalhas em comparação ao que eram antes,” diz o texto. “Mesmo que a criação de conteúdo LGBTQIA+ fosse a resposta para corrigir a legislação discriminatória no mundo, estamos sendo impedidos de criá-lo.”

O CEO da Disney, Bob Chapek, se posicionou sobre o assunto declarando que interromperá o apoio ao projeto “Don’t Say Gay”, não fazendo mais doações. "Vocês precisavam de mim para ser um aliado mais forte na luta por direitos iguais e eu lhes decepcionei. Sinto muito,” afirmou.