35 apostadores se dizem lesados por organizador de bolão; prêmio de 108 milhões foi dividido por apenas 9 pessoas
Um grupo de 35 moradores do município de São José da Bela Vista, em São Paulo, diz ter sido lesado pelo organizador de um bolão da Mega da Virada. Eles, que acreditavam terem ficado milionários após o sorteio realizado no dia 31 de dezembro, não receberam um centavo sequer.
Um dos participantes, que preferiu não se identificar, disse ao portal de notícias g1 que ele e diversas outras pessoas teriam sido convidadas por um homem para entrarem no bolão.
No entanto, o organizador acabou realizando duas apostas diferentes, dividindo também os participantes. Assim, 35 integrantes passaram a concorrer em um dos bolões, enquanto outras 9 pessoas dividiriam uma segunda aposta.
Essa divisão, no entanto, não teria sido comunicada aos membros do grupo. No fim, um dos bolões se saiu vencedor e, para a infelicidade da maioria, o prêmio de R$ 108,3 milhões foi dividido pelo grupo menor.
Eu acho que a gente foi lesado. Ele [organizador] não explicou que seriam dois bolões diferentes”, declarou o entrevistado à fonte. De acordo com a Caixa Econômica, os vencedores já resgataram seus prêmios.
O morador disse ao portal de notícias que ele e os outros 34 apostadores procuraram o homem que organizou os jogos, e até houve uma proposta de acordo, mas a negociação não foi para a frente.
A hora que a gente procurou ele depois do sorteio, ele não respondeu ninguém. Quando ele foi responder, ele falou que o bolão que tinha dado era o das nove pessoas, e não o das 35. Depois disso, ele ficou de conversar com as nove pessoas para ver a possibilidade de estar dividindo o prêmio entre os 44 participantes e, segundo ele, os nove não aceitaram a divisão”, disse o homem.
Conforme afirma o advogado do organizador do bolão, não houve má fé e nem mesmo intenção de esconder a aposta vencedora.
“Eram bolões separados, em momento algum foi dito que seriam juntos, bem como não houve qualquer tipo de utilização de recurso de um bolão no outro e vice-versa. Não há má-fé, não há qualquer intenção em lesar ninguém. Simplesmente pessoas participando de bolões diferentes”, disse Tiago Granzote. Os participantes que se dizem lesados registraram um boletim de ocorrência na Polícia Civil.
Mario Alexandre Silva Bassi, advogado que representa dez dos apostadores, deve acionar a Justiça a fim de buscar uma solução. De acordo com o profissional, o grupo confiou na boa-fé e na promessa do responsável de registrar os números em nome de todos os participantes.
