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Notícias / Escravidão

Brasil é 11º em ranking mundial de escravidão, segundo ONG

Índice sobre escravidão global atesta que Brasil possui 1 milhão de escravizados, sendo o 11º em ranking mundial

Éric Moreira, sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 24/05/2023, às 11h33

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Imagem meramente ilustrativa - Foto por rawpixel.com pelo Freepik
Imagem meramente ilustrativa - Foto por rawpixel.com pelo Freepik

Uma nova estimativa do Índice de Escravidão Global, divulgado nesta quarta-feira, 24, pela Walk Freeorganização internacional de direitos humanos especialista em dados sobre a infração — aponta valores alarmantes no que se refere ao Brasil acerca do tema. Segundo ela, o país possui 1,05 milhão de pessoas em situação de escravidão contemporânea, ocupando assim a 11ª posição no ranking dos países com os números mais expressivos.

De acordo com reportagem de Leonardo Sakamoto ao UOL, isso coloca o Brasil atrás somente da Índia, que ocupa o topo do ranking com 11 milhões; China, com 5,8 milhões; Coréia do Norte (2,6 mi); Paquistão (2,3 mi); Rússia (1,9 mi); Indonésia (1,8 mi); Nigéria (1,6 mi); Turquia (1,3 mi); Bangladesh (1,1 mi); e, em décimo lugar, os Estados Unidos (1,1 mi).

Apesar disso, o principal ranking divulgado pela ONG analisa não o valor bruto de escravizados no mundo, mas sim a prevalência da escravidão com relação ao número total da população do país. E, nessas condições, o cenário chama a atenção com outras nações.

Sob esse ponto de vista, os dez primeiros colocados são, em ordem: Coreia do Norte, com 104,6 escravizados para cada mil habitantes; Eritreia (90,3), Mauritânia (32), Arábia Saudita (21,3), Turquia (15,6), Tajiquistão (14), Emirados Árabes Unidos (13,4), Rússia (13), Afeganistão (13) e Kuwait (13). O Brasil, por sua vez, possui uma estimativa de 5 escravizados para cada mil pessoas, colocando-o como de média-baixa prevalência.

Aumento global

Segundo os dados apurados e produzidos pela Organização Internacional do Trabalho em parceria com a Organização Internacional para Migração e a Walk Free, estima-se que, desde 2021, cerca de 50 milhões de pessoas vivam sob condições similares às de escravidão em todo o mundo. O que mais assusta, porém, é comparar esse valor com 2016, que era de 40 milhões.

Esse aumento ocorreu em um cenário de conflitos crescentes e mais complexos, degradação ambiental generalizada, migração induzida pelo clima, retrocesso global dos direitos das mulheres e impactos econômicos e sociais da pandemia de Covid-19", aponta a organização.