Yaroslav Hunka, membro da Waffen-SS, organização paramilitar nazista, foi aplaudido de pé durante uma sessão na Câmara dos Comuns
Redação Publicado em 26/09/2023, às 17h13
Nesta terça-feira, 26, Anthony Rota, presidente do Parlamento do Canadá, renunciou ao cargo após receber uma onda de críticas por homenagear acidentalmente um ex-membro da Waffen-SS, organização militar nazista, durante uma sessão na Câmara.
A renúncia de Rota entrará em vigor a partir da quarta-feira, 27. Até lá, seu vice assumirá o posto. Em um comunicado, ele lamentou o ocorrido, conforme repercutido pelo portal O Globo.
Aquele reconhecimento público causou dor a indivíduos e comunidades, incluindo a comunidade judaica no Canadá e ao redor do mundo. Aceito total responsabilidade por minhas ações", afirmou Rota em nota.
Na última sexta-feira, 22, o Parlamento canadense realizou uma sessão excepcional para marcar a passagem do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, pelo país. Durante a reunião na Câmara dos Comuns, que também contou com o primeiro-ministro, Justin Trudeau.Anthony Rota destacou a presença de Yaroslav Hunka, 98, ao afirmar que o mesmo era “um veterano de guerra ucraniano-canadense da Segunda Guerra Mundial que lutou pela independência da Ucrânia contra os russos”.
Horas depois, foi divulgada a informação de que Hunka, que tinha sido aplaudido de pé por aqueles presentes, serviu na 14ª Divisão de Granadeiros das Waffen-SS, considerado a organização militar nazista do regime de Adolf Hitler.
Este ocorrido foi interpretado como a aceitação da narrativa do presidente russo, Vladimir Putin, que alega ter invadido a Ucrânia para “desmilitarizar e desnazificar” o país, justificativa que Kiev e seus aliados ocidentais consideram infundada.
