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Notícias / Tailândia

Casos de professores cortando cabelos de alunos na Tailândia geram revolta

O país aboliu suas regras a respeito de estilos de cabelo em 2020, porém estudantes ainda tem os fios cortados sem sua permissão

Ingredi Brunato Publicado em 15/02/2023, às 11h19

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Fotografia meramente ilustrativa de alunos em escola na Tailândia - Getty Images
Fotografia meramente ilustrativa de alunos em escola na Tailândia - Getty Images

Em 2020, a Tailândia tomou a decisão histórica de abolir normas governamentais relativas ao comprimento do cabelo de alunos, que haviam sido determinadas ainda na década de 70, quando o país estava sob o controle de uma ditadura militar. 

Até então, as garotas eram autorizadas a ter o cabelo até no máximo os lóbulos das orelhas, enquanto os garotos precisavam ter um corte rente à cabeça. Para manter os estudantes à risca, também era comum que professores levassem tesouras para as salas de aula durante vistorias mensais. 

Conforme repercutido pelo The Guardian, todavia, essa tradição está custando a morrer, com muitos alunos ainda se queixando de terem seus fios cortados quando vão para a escola.

Em um caso específico ocorrido na província de Phetchabun, um educador que não teve sua identidade divulgada chegou a ser acusado de passar a tesoura nos cabelos de cerca de 100 jovens em idade escolar. 

Consequências 

Em reação ao caso, ativistas tailandeses teriam pedido que o governo tome uma atitude mais firme para impedir essas ocorrências consideradas humilhantes pelos alunos. Isso, pois a modificação à legislação em 2020 permitiria que cada instituição de ensino criasse suas próprias regras. 

Laponpat Wangpaisit, fundador do grupo "Bad Student", que luta por reformas nas escolas da Tailândia, comentou a situação em entrevista ao The Guardian: 

O resultado é que dá total liberdade às escolas e as escolas podem fazer qualquer coisa sem consequências (...) Precisamos eliminar todas as regras sobre penteados de uma vez por todas. Isso diz respeito ao significado de ser humano, sobre termos plenos direitos sobre nosso próprio corpo e esta é apenas uma conversa inicial para todo o resto, como liberdade de expressão, direitos humanos e assim por diante", concluiu.