O rosto da rainha estampa as libras esterlinas desde 1960 e a mudança deve custar caro para os bancos britânicos
Redação Publicado em 09/09/2022, às 10h22
Após a morte da rainha Elizabeth II ontem, 8, aos 96 anos, o Reino Unido deverá decidir o que fazer com as cerca de 4,5 bilhões de notas em circulação que contam com o rosto da então monarca estampado nas cédulas.
O mais provável é que a nobre apareça nas libras esterlinas por pelo menos mais dois anos, visto que, para substituir todo o dinheiro em espécie para versões com o atual rei, Charles III, o governo teria que desembolsar £ 58,5 bilhões, cerca de R$ 354,2 bilhões.
Além disso, ainda será necessário submeter a alteração ao Palácio de Buckingham, que deverá aprovar ou não a mudança para acompanhar a tradição do Reino Unido. Elizabeth, por exemplo, estampa as cédulas desde os anos 1960.
“Como o primeiro monarca a aparecer nas notas do Banco da Inglaterra, os retratos icônicos da rainha são sinônimo de alguns dos trabalhos mais importantes que fazemos. As notas atuais com a imagem de Sua Majestade a Rainha continuarão a ter curso legal”, informou em nota ao UOL o Banco Central da Inglaterra.
Um novo anúncio sobre as notas existentes do Banco da Inglaterra será feito assim que o período de luto for cumprido", acrescentou a instituição.
Como recolher as notas circulantes, cujo valor total do montante é de £ 80 bilhões, seria muito caro, a expectativa é que a produção das cédulas seja descontinuada, com a permissão da Coroa britânica, para que novas versões com o rosto de Charles III sejam impressas.
Segundo a tradição do Reino Unido, o próximo rei deverá aparecer com o rosto virado para a esquerda, já que os monarcas são, desde o século 17, retratados com a face virada para a direção oposto a de seu antecessor imediato.
