Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Arqueologia

Crânio de primata com mais de 7 milhões de anos é reconstruído virtualmente

Cientistas acreditam que o fóssil do primata pertence a um dos primeiros parentes da raça humana

Redação Publicado em 17/10/2023, às 18h18

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Crânio do Pierolapithecus em sua descoberta (esq.), após uma preparação inicial (centro) e reconstruído virtualmente (dir.). - Reprodução/American Museum of Natural History
Crânio do Pierolapithecus em sua descoberta (esq.), após uma preparação inicial (centro) e reconstruído virtualmente (dir.). - Reprodução/American Museum of Natural History

Um crânio em bom estado de preservação, que pertenceu a um primata europeu, foi reconstruído por meio de tomografias computadorizadas por cientistas que acreditam que esta espécie faz parte dos primeiros ancestrais da raça humana. 

Os especialistas afirmaram que os resultados da reconstrução confirmam a hipótese de que a espécie Pierolapithecus catalaunicus, que habitaram a Europa entre 15 e 7 milhões de anos atrás, representa um dos primeiros parentes do humanos.

Esta empreitada tinha como objetivo expandir a compreensão sobre a evolução humana, tomando como base os restos mortais do primata, que incluem um crânio e um esqueleto parcial, um descoberta tida como rara, segundo repercutiu o jornal britânico Daily Mail.

Uma das questões persistentes nos estudos da evolução dos macacos e da evolução humana é que o registro fóssil é fragmentário e muitos espécimes estão incompletamente preservados e distorcidos.”, explicou Ashley Hammond, curadora e presidente da Divisão de Antropologia do Museu Americano de História Natural.

Conforme esclarecido por Hammond, o estado dos fósseis dificulta a determinação de um consenso sobre a evolução dos macacos e da humanidade. Os ossos do primata foram encontrados em 2002, na Catalunha, uma comunidade autônoma espanhola, mas sua divulgação se deu em apenas em 2004, através da revista Science. 

Novos estudos

Em uma pesquisa recentemente divulgada pela revista acadêmica, Proceedings of the National Academy of Sciences, a pesquisadora do Museu Americano de História Natural, Kelsey Pugh, afirmou que: “As características do crânio e dos dentes são extremamente importantes na resolução das relações evolutivas das espécies fósseis.”.

Quando encontramos este material em associação com ossos do resto do esqueleto, temos a oportunidade não só de colocar com precisão as espécies na árvore genealógica dos hominídeos, mas também de aprender mais sobre a biologia do animal em termos de, por exemplo, como ele estava se movendo em seu ambiente.”, esclareceu Pugh, principal autora do estudo.

Pesquisas realizadas previamente sobre esta mesma espécie apontaram que os primatas possuíam um corpo ereto e adaptações que possibilitavam seu deslocamento entre árvores ao se pendurar em galhos. Porém, os cientistas ainda não determinaram o local dos macacos na escala evolutiva.