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Notícias / Brasil

"Cuidado com esse cabelo para não passar doença", diz mulher em metrô de São Paulo

Dentro de um metrô da capital, fala gera revolta em mulher negra e irmão filma a denúncia. Veja o vídeo

Redação Publicado em 03/05/2022, às 09h40

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Vídeo feito por irmão que mostra falas racistas de acusada - Reprodução/ Canal TV Globo
Vídeo feito por irmão que mostra falas racistas de acusada - Reprodução/ Canal TV Globo

Na estação Ana Rosa, linha 1-Azul do metrô da capital paulista, uma situação causou muito tumulto e revolta nos passageiros da linha, na noite de segunda-feira, 2, por uma denúncia de racismo.

Em vídeo, a suposta vítima Welica Ribeiro, desabafa após uma mulher loira identificada pelo nome de Agnes Vajda, pedir para que ela afastasse o seu cabelo de perto, pois “poderia transmitir alguma doença”.

Em decorrência da grande revolta de Welica, os demais passageiros logo perceberam a situação no vagão e começaram a gravar toda mobilização em favor dela, para provar o ato de injúria racial.

Você não pode falar assim”, falou um rapaz. “Eu só disse que ela tem que cuidar do cabelo, senão pode passar algum tipo de doença”, confirma Agnes.

A acusada foi encaminhada para uma das salas da estação como medida de contenção da polícia para acabar com os tumultos causados pelas suas falas. Diversas pessoas foram encaminhadas ao 27º DP de São Paulo, onde quiseram registrar a ocorrência.

Após prestar depoimento no começo da madrugada, Agnes foi liberada para apuração de possível crime de injúria racial.

Veja o vídeo:

Caso deixou vítima sem reação

Em entrevista realizada para a “TV Bandeirantes”, Welica Ribeiro falou como tudo aconteceu. 

Eu entrei no Metrô, sentei e do meu lado tinha uma senhora que do nada virou e falou que eu deveria tomar cuidado com meu cabelo porque estava próximo ao rosto dela e poderia causar uma doença. Ela repetiu isso algumas vezes.", disse aos prantos.

Uma das testemunhas do ato, que ajudou Welica a sair de perto da multidão, também foi ouvida: 

Foi do nada, ela virou e falou isso: ‘pode tirar seu cabelo daqui, está encostando em mim e pode me passar uma doença’. Ela (vítima) ficou em choque, não entendeu, ninguém espera ouvir esse tipo de coisa”, explicou Samuel Lopes.