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Notícias / Roma Antiga

Historiadores erraram a data da erupção de Pompeia, indica achado arqueológico

A erupção teria acontecido depois do que tem sido aceito por mais de 1900 anos

Thiago Lincolins Publicado em 16/10/2018, às 14h46 - Atualizado em 26/10/2018, às 13h24

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Horror em Pompeia - Wikimedia Commons
Horror em Pompeia - Wikimedia Commons

Em poucos minutos, a ensolarada manhã do dia 24 de agosto de 79 d.C, virou noite em Pompeia, na Itália. Em 19 horas, o vulcão Vesúvio matou 16 mil pessoas. Uma chuva de cinza e rochas soterrou o balneário romano da cidade. Agora, escavações recentes trazem novidades sobre a catástrofe.

Graças aos relatos de Plínio, o Jovem, um advogado e autor que vivenciou a fúria do vulcão Vesúvio, e que custou a vida de seu tio, o mais famoso naturalista Plínio, o Velho, tornou-se consenso entre historiadores que a tragédia teria acontecido em agosto do ano 79. Contudo, a descoberta de uma antiga inscrição feita em carvão indica que a explosão não aconteceu então. 

Deixado por um antigo trabalhador enquanto reformava uma casa, o registro encontrado numa parede é datado em 17 de outubro do mesmo ano, isto é, dois meses depois da data “oficial”.

Não pode ter sido outubro de outro ano, segundo os pesquisadores. “Como foi feito em carvão frágil e evanescente, que não poderia durar muito tempo, é provável que seja datado de outubro de 79”, diz o time de arqueólogos em um comunicado. 

O desastre Wikimedia Commons

Além disso, também foram encontradas outras inscrições no local. “Nas paredes da entrada e do corredor da casa, há uma notável quantidade de pichações, que ainda está sendo estudada, com frases que são em alguns casos de caráter obsceno”, acrescentam os pesquisadores.

A descoberta apoia a teoria debatida por arqueólogos que encontraram restos calcificados de romã nas ruínas. Como a época do fruto ocorre de outubro a janeiro, seria impossível que o mesmo amadurecesse no mês de agosto.

Talvez não seja erro de Plínio, aliás. Como a interpretação moderna dos relatos de Plínio foi baseada em traduções e transcrições feitas ao longo do tempo, – que citam datas diferentes entre agosto e novembro –  é possível que o confuso calendário antigo tenha sido responsável pelo equívoco.