Desde abril de 2020, quando acidentes começaram a ser registrados, já são mais de 470 incidentes
Recentemente, um acidente tóxico em Ohio, nos Estados Unidos, chamou a atenção e gerou comparações com Chernobyl, conforme repercutido pela equipe do site do Aventuras na História.
Porém, episódios do tipo estão acontecendo com uma regularidade impressionante no país, é o que mostram dados coletados pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) e por grupos sem fins lucrativos.
Sejam por descarrilamento de trens, como ocorreu em Ohio, ou por acidentes de caminhões, rupturas de oleodutos ou até vazamentos e derramamentos em instalações industriais, o fato é que incidentes assim se tornaram consistentes no país, em uma média de um ocorrido a cada dois dias, repercutiu o The Guardian.
Esses tipos de desastres ocultos acontecem com muita frequência”, apontou Mathy Stanislaus ao The Guardian.
Stanislaus, que atuou como administrador assistente do escritório de gestão de emergências e terras da EPA durante o governo Barack Obama, liderou programas focados na limpeza de locais de resíduos perigosos contaminados, segurança de fábricas de produtos químicos, prevenção de derramamento de óleo e resposta a emergências.
Apenas nas primeiras sete semanas de 2023, mais de 30 incidentes foram registrados, segundo a Coalition to Prevent Chemical Disasters — dando uma média de um registro a cada dia e meio.
Em termos comparativos, no ano passado, o órgão registrou 188 incidentes, onze a mais que os 177 de 2021. Agora, se pegarmos os dados desde que coalizão começou a registrá-los, em abril de 2020, já foram registrados mais de 470 incidentes nesses quase três anos.
Apesar de envolverem graus diferentes de gravidade, cada um envolve a liberação acidental de produtos químicos considerados ameaças potenciais à saúde humana e ambiental.
