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Notícias / Moda

Estilista que criou 'vestidos terrário' com borboletas vivas pede desculpas

O designer se retratou com o público após receber críticas de organizações que defendem os direitos dos animais

Ingredi Brunato Publicado em 08/11/2023, às 13h30 - Atualizado em 16/11/2023, às 19h20

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Fotografia do desfile - Divulgação/ Youtube/ fashionvideos
Fotografia do desfile - Divulgação/ Youtube/ fashionvideos

No último mês de setembro, Jun Takahashi, estilista japonês e fundador da marca de grife "Undercover", esteve por trás de um chamativo desfile da Paris Fashion Week: na ocasião, as modelos desfilaram com "vestidos terrário" que continham, em meio ao tecido, recipientes iluminados decorados com terra, flores e borboletas vivas. 

As peças de roupa encantaram a plateia com seu conceito romântico e etéreo, mas não encontraram a mesma recepção positiva quando chegaram aos ouvidos de ativistas de proteção dos direitos dos animais.

A PETA, em particular, que é uma organização não governamental dedicada a essa causa, escreveu uma carta o designer criticando sua decisão de incluir aqueles que descreveram como "insetos inteligentes" nas peças, alegando que os animais foram "explorados" pelo artista. 

A instituição também levantou a preocupação de que esses animais muitas vezes são criados em cativeiros clandestinos e transportados de maneira cruel, o que inclusive fez com que "muitos planejadores de casamentos agora evitem borboletas em casamentos porque elas (muitas vezes) chegam mortas ou quase mortas". 

Takahashi, por sua vez, reagiu com um pedido de desculpas por escrito, no qual expressou remorso e garantiu que seus desfiles futuros não mais fariam uso de seres vivos.  

Eu me arrependo por ter capturado borboletas que poderiam voar livremente no céu. Com isso em mente, eu prometo não mais usar borboletas ou outros animais vivos nas minhas criações", disse o designer. 

Detalhes 

Vale apontar que, segundo explicado pelo estilista, houve grande preocupação por trás da elaboração do desfile para que ele fosse realizado da maneira mais ética possível, conforme repercutiu o The Guardian. 

Os insetos voadores foram adquiridos de um criadouro de borboletas que era espaçoso e respeitava as necessidades nutricionais delas, por exemplo. Além disso, os vestidos terrário foram desenvolvidos de maneira que tivessem a temperatura correta para manter seu bem-estar. 

 Jun Takahashi ainda acrescentou que, após o evento de moda, todas as borboletas foram libertas em um parque local. Infelizmente, é importante destacar que a ação bem-intencionada pode não ter sido benéfica aos insetos: conforme informou a PETA, esses insetos têm dificuldades de sobreviver por conta própria quando nascem em cativeiro. 

Apesar disso, a ONG expressou satisfação com a compreensão do estilista em relação à questão. "Jun não enviará mais a mensagem de que nossos semelhantes são adereços ou decorações para usarmos para diversão e lucro – nem apoiará uma indústria que explora borboletas delicadas e sensíveis", anunciou o portal.