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Notícias / França

Ex-candidato à presidência na França elogia parlamentar que admitiu bater na esposa

Jean-Luc Mélenchon foi alvo de críticas após dizer que colega mostrou "dignidade e coragem" ao relatar o ocorrido

Redação Publicado em 19/09/2022, às 12h18

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Montagem mostrando ex-candidato à presidência à direita, e parlamentar que admitiu bater na esposa à esquerda - Wikimedia Commons/ European Communities e Wikimedia Commons/ Arquivo Pessoal/ Jean-Luc Hauser
Montagem mostrando ex-candidato à presidência à direita, e parlamentar que admitiu bater na esposa à esquerda - Wikimedia Commons/ European Communities e Wikimedia Commons/ Arquivo Pessoal/ Jean-Luc Hauser

Na última semana, Adrien Quatennens, um membro do parlamento francês, se viu no centro de um escândalo após sua esposa denunciá-lo à polícia por violência doméstica, informação que acabou vazando para a mídia. 

O político abordou as acusações no último domingo, 18, relatando que, durante "um contexto de extrema tensão e agressão mútua", havia dado um tapa na mulher. "Lamento profundamente esta ação e pedi desculpas muitas vezes”, afirmou Quatennens, que faz parte do partido de extrema-esquerda La France Insoumise (LFI). 

Após o comunicado do parlamentar, outro membro do LFI,Jean-Luc Mélenchon, que havia sido o candidato do partido à presidência da França nas eleições do início de 2022, se manifestou em apoio ao colega, atraindo críticas de diversas autoridades. 

Malícia policial, voyeurismo da mídia e nas redes sociais se convidaram para o divórcio conflituoso de Adrien e Céline Quatennens.Adrien decidiu assumir tudo. Saúdo sua dignidade e sua coragem. Disponibilizo minha confiança e meu afeto", escreveu através de seu Twitter, segundo repercutido pelo portal francês Midi Libre. 

Repercussão negativa 

A declaração de Mélenchon rapidamente atraiu críticas de ativistas pelos direitos das mulheres e de outras lideranças políticas. 

A violência no coração de um casal é inaceitável, quaisquer que sejam os conflitos presentes… Envio todo o meu apoio às mulheres vítimas em todo o mundo”, enfatizou Caroline de Haas, do coletivo feminista Nous Toutes, conforme apurado pelo The Guardian. 

“Se a declaração de Adrien Quatennens pudesse ser vista com alguma simpatia (não pelo tapa, é claro), Jean-Luc Mélenchon acabou de arruinar isso”, argumentou aindaAnne-Laurence Petel, uma parlamentar do partido Renaissance, que é de centro-direita.