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Notícias / Política internacional

Extremista sueco queima Alcorão e enfurece mundo árabe

Político de extrema-direita fez o ato como protesto contra negociação com a Turquia

Eduardo Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 24/01/2023, às 16h52

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Extremista Rasmus Paludan queimando Alcorão - Jonas Gratzer/Getty
Extremista Rasmus Paludan queimando Alcorão - Jonas Gratzer/Getty

Rasmus Paludan, um extremista sueco-dinamarquês, queimou um exemplar do Alcorão  neste sábado (21), em frente à embaixada da Turquia em Estocolmo, capital da Suécia. O livro é considerado um instrumento sagrado no islamismo. O político de 41 anos é o líder do partido de extrema-direita “Stram Kurs” (“Linha Dura”, em português). As informações são do Estadão.

O ato se deu em protesto às negociações entre Suécia e Turquia a respeito da Otan, já que o governo sueco tenta angariar o apoio dos turcos para sua candidatura à Organização do Tratado do Atlântico Norte, que é uma aliança militar criada durante a Guerra Fria.

Paludan já se envolveu em outras polêmicas relacionadas ao islamismo. Ele alegou que esse protesto se trata de uma manifestação pautada na liberdade de expressão, e que quem não concorda que aquela é uma maneira de exercer essa liberdade deveria “morar em outro lugar”.

Confira o vídeo do ato:

Repercussões do ato

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, ameaçou bloquear a adesão da Suécia à Otan depois do ato de Paludan. O secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, criticou a posição de Erdogan, explicando que a liberdade de expressão é algo precioso tanto na Suécia quanto nos países-membros da organização. “É por isso que estes atos inapropriados não são automaticamente ilegais”, disse Stoltenberg.

Erdogan se irritou com a situação, dizendo que a Suécia não deveria contar com seu apoio para entrar na Otan. Stoltenberg disse que o governo sueco condenou o comportamento de Paludan e é “absolutamente contra este tipo de insultos”.

A Suécia pediu para aderir à Otan depois da invasão russa à Ucrânia. A Turquia bloqueia a entrada da Suécia na organização desde maio de 2022, por alegar que o país abriga ativistas curdos considerados “terroristas” pelo governo turco.