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Notícias / Processo

Meta e empresa de Call of Duty são processadas por familiares de vítimas de ataque a escola

Há dois anos, um jovem armado matou alunos e professoras em uma escola no Texas; agora, os familiares das vítimas estão processando empresas que acreditam terem culpa do ocorrido

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 25/05/2024, às 12h26

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Fachada da escola com homenagens às vítimas - Getty Images
Fachada da escola com homenagens às vítimas - Getty Images

Familiares das vítimas de um terrível ataque a tiros em uma escola do Texas moveram um processo contra a Meta, a matriz da rede social Instagram, e também contra uma distribuidora de jogos eletrônicos e um fabricante de armas, alegando que são responsáveis pelo evento.

O processo, que aponta "morte por negligência", foi protocolado nesta sexta-feira, 24, pelo advogado das famílias, Josh Koskoff. O crime se deu há dois anos, na escola primária Robb de Uvalde, localizada no sul dos Estados Unidos, onde um jovem armado com um rifle de assalto invadiu as instalações.

Nesse ataque devastador, 19 alunos com idades entre 9 e 10 anos, além de duas professoras de 44 e 48 anos, foram mortos. O atirador foi neutralizado pelas forças de segurança após 77 minutos de terror.

Além da Meta, estão sendo processadas as empresas Activision, que distribui jogos como "Call of Duty"; e Daniel Defense, que fabrica o rifle AR-15 utilizado pelo atirador.

Existe um vínculo direto entre a conduta dessas empresas e o ataque a tiros em Uvalde [...] Este monstro de três cabeças expôs [o agressor] deliberadamente à arma, o condicionou a vê-la como uma ferramenta para resolver seus problemas e o treinou para usá-la", apontou Koskoff, de acordo com informações da agência de notícias AFP.

Nota divulgada

Uma nota divulgada pelo escritório de Koskoff afirmou que o game "Call of Duty", que é muito popular e do qual o atirador também era usuário, "treina virtualmente para matar", "insensibiliza" e "recompensa" os jogadores. O advogado ainda destacou: "Embora o assassinato seja virtual", as armas "imitam perfeitamente" as reais.

O comunicado também apontou que, "no Instagram, o atirador era cortejado através de um marketing explícito e agressivo", enquanto a Daniel Defense "utilizou o Instagram para enaltecer o uso ilegal e assassino de suas armas".

De acordo com a AFP, as ações movidas contra contra Meta e a Activision foram feitas em tribunais da Califórnia. Já a fabricante de armas foi processada em Uvalde, no Texas.