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Notícias / Fósseis

Fósseis de réptil marinho de 70 milhões de anos são encontrados no Chile

Descoberta impressionante de réptil que viveu durante o Cretáceo se deu na praia de Algarrobo, 100 km a oeste de Santiago

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 22/04/2024, às 12h53

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Pesquisador em Algarrobo, no Chile - Divulgação
Pesquisador em Algarrobo, no Chile - Divulgação

Paleontólogos estão em uma corrida contra o tempo em uma praia da costa central do Chile, trabalhando rapidamente para resgatar os restos fósseis de um singular réptil marinho que habitou o local há aproximadamente 70 milhões de anos, um verdadeiro tesouro para a comunidade científica.

Com os pés e as calças encharcados, os especialistas meticulosamente extraem dos afloramentos rochosos os vestígios de um "elasmosaurídeo", um antigo habitante marinho da era do Cretáceo, que se estendeu de cerca de 145 milhões a 66 milhões de anos atrás. O espécime apresenta características distintas, como uma cabeça pequena, pescoço longo e membros transformados em nadadeiras.

De acordo com o portal O Globo, os achados foram localizados na praia de Algarrobo, uma popular estância balnear situada a 100 km a oeste de Santiago.

Raridade

Sua importância para a ciência é notável, uma vez que o esqueleto, com cerca de 10 a 12 metros de comprimento, está praticamente completo, uma raridade nesse tipo de descoberta. Além disso, é de interesse particular porque pertence a um período até então não documentado no Chile.

É mais antigo do que outros registros que tínhamos de elasmosaurídeos. Os anteriores eram do final do Cretáceo, há cerca de 66 milhões de anos. Este seria um pouco mais antigo, cerca de 70 milhões de anos", declarou o paleontólogo da Universidade do Chile Rodrigo Otero, responsável pela expedição.

Diferenciando-se de outros elasmosaurídeos previamente descobertos, que eram criaturas filtradoras alimentando-se de plâncton, este espécime possuía dentes e presas, sugerindo uma dieta baseada em peixes.

Seria algo novo dentro do que conhecemos. Não sabemos se será um novo gênero, uma nova espécie, mas é definitivamente um tipo de animal que não estava completamente registrado no Chile", acrescentou.