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Notícias / Fóssil

Fóssil de água-viva nadadora de 505 milhões de anos é encontrado no Canadá

Bem preservada, espécie recém-descoberta é a mais antiga de água-viva nadadora conhecida; saiba mais!

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 02/08/2023, às 11h31

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Fóssil de água-viva nadadora de 505 milhões de anos - Divulgação/Desmond Collins/Royal Ontario Museum
Fóssil de água-viva nadadora de 505 milhões de anos - Divulgação/Desmond Collins/Royal Ontario Museum

Em Burgess Shale, no Canadá, pesquisadores encontraram um fóssil de 505 milhões de anos da espécie mais antiga de água-viva nadadora. A região é conhecida por abrigar inúmeras evidências biológicas bem preservadas.

A nova espécie encontrada foi batizada de Burgessomedusa phasmiformis; ela se assemelha a uma grande água-viva nadadora em formato de sino, com cerca de 20 centímetros de altura e mais de 90 tentáculos curtos.

Representação da água-viva/ Crédito: Divulgação/Christian McCall

As águas-vivas

Conforme explica o The Guardian, as águas-vivas fazem parte do subgrupo de cnidários — que é o grupo de animais mais antigos que existem, chamados medusozoários. Seus corpos são majoritariamente compostos por água (95%), daí o nome. Por conta disso, sua decomposição é extremamente rápida, o que torna espécimes fossilizadas achados raríssimos.

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"Encontrar animais tão incrivelmente delicados preservados em camadas rochosas no topo dessas montanhas é uma descoberta tão maravilhosa", relatou Jean-Bernard Caron, curador de paleontologia de invertebrados do Royal Ontario Museum e coautor do estudo que foi publicado no periódico Proceedings of the Royal Society B.

As águas-vivas, juntamente com seus parentes, têm sido "notavelmente difíceis de identificar no registro fóssil do Cambriano [período geológico compreendido entre 542 milhões e 488 milhões de anos atrás]", apesar de fazerem parte de um dos primeiros grupos de animais, aponta Joe Moysiuk, estudante de paleontologia da Universidade de Toronto e co-autor do estudo.

A descoberta de espécie fossilizada mostra que a cadeia alimentar cambriana era muito mais complexa do que pensava anteriormente, discute Moysiuk: "Esta descoberta não deixa dúvidas de que eles estavam nadando naquela época".

Isso acrescenta mais uma notável linhagem de animais que o Burgess Shale preservou, registrando a evolução da vida na Terra", finalizou Caron.