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Notícias / Idosa

Idosa teve restos retirados de túmulo e Justiça determina indenização para família

A Justiça determinou indenização de R$ 40 mil para a família da idosa que teve restos mortais retirados de túmulo e trocados por de outra pessoa

Redação Publicado em 07/02/2023, às 20h00

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O túmulo da idosa e o cemitério em Dois Córregos - Reprodução / Vídeo
O túmulo da idosa e o cemitério em Dois Córregos - Reprodução / Vídeo

O corpo de uma idosa foi retirado de um túmulo em Dois Córregos, em São Paulo, e um homem, que não fazia parte da família, foi enterrado em seu lugar. Agora, a justiça determina indenização de R$ 40 mil à família que ainda desconhece o paradeiro do corpo da idosa. 

As netas de dois moradores da cidade descobriram o problema em agosto de 2019, quando foram visitar seus túmulos. Os seus avós, um casal de idosos, faleceram em 2016 e 2018. Elas puderam notar uma inscrição diferente no jazigo, referente a uma pessoa desconhecida.

De acordo com os parentes da idosa, a data original de seu sepultamento, que havia sido escrita no cimento, foi alterada e o cemitério chegou a reconhecer a confusão. De acordo com Paulo de Freitas, filho do casal, segundo com o g1, existe uma falta de organização e controle por parte do poder público municipal.

“Eles [o poder público municipal] alegaram que era parente, quem abriu o túmulo foi outro rapaz, depois falou que não foi consultado lista de localização de túmulos e ficou desse jeito “, disse.

“É uma falta de organização, de controle. É uma coisa que não é brincadeira. Se já existe lugar certo, identificação, acho que devia ter havido um cuidado melhor", completou ao g1.

Uma decisão do juiz Alexandre Vicioli, da 1ª Vara de Dois Córregos, em julho do ano passado, determinou que a troca deveria ser desfeita pela prefeitura num prazo de 15 dias e, além disso, determinou também o pagamento da indenização no valor de R$ 40 mil por danos morais às famílias. A prefeitura de Dois Córregos está recorrendo da decisão judicial. 

Motivo da troca

A família conseguiu descobrir a identidade do homem enterrado por engano após muito esforço e com isso também entender melhor o motivo da confusão. No caso, as duas famílias tinham o mesmo sobrenome.

Em sua decisão, o juiz Alexandre Vicioli, da 1ª Vara de Dois Córregos, ressaltou que a obrigação de manter o cadastro de sepulturas atualizado e de conhecer a quem pertence cada uma delas, para evitar danos, é do município. 

O magistrado também observou que o erro ocasiona dor, sofrimento e constrangimento às famílias. A administração municipal, ao ser questionada, informou que recorreu da sentença e o processo segue em andamento.