O homem era líder de uma seita própria que realizava orgias envolvendo crianças
Redação Publicado em 07/12/2022, às 17h39
Um líder de uma ramificação de culto polígamo da Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, nos Estados Unidos, tinha mais de 20 esposas, várias delas eram menores de idade, informação confirmada por uma declaração do FBI repercutida pelo Distrito Leste de Washington.
Supostamente, Samuel Rappylee Bateman, 46, contava como esposas algumas de suas próprias filhas, o que foi relatado por uma das meninas em declaração obtida pelo Washington Post. O depoimento do FBI afirma que ele teria se envolvido em “sexo grupal” com algumas das jovens.
Na ocasião, o homem ainda teria permitido que outros assistissem e abusassem sexualmente das garotas, que tinham até 12 anos. A agressão física também fazia parte desse “pacote” de bizarrices permitidas pelo líder religioso contra as crianças.
No início deste ano, as autoridades removeram várias meninas da casa de Samuel, que fica localizada estado norte-americano do Arizona.
As vítimas, que tinham entre 11 e 16 anos de idade, foram transferidas para a custódia do DCS estadual e colocadas em diversos lares temporários. O paradeiro de oito dessas, contudo, não é exato: elas desapareceram dos abrigos, e, ainda que algumas tenham sido identificadas em plataformas de aluguéis de imóveis posteriormente, as autoridades não conseguiram resgatá-las.
Ainda segundo o Washington Post, uma mulher que ajudou os seguidores de Rappylee a escaparem da seita disse aos investigadores que, em 2020, o líder religioso chegou à casa dela em um SUV cheio de jovens seguidoras, que ele teria apresentado como suas esposas. No grupo, havia uma menina de apenas 9 anos.
Bateman também foi gravado dizendo que Deus o instruiu a "dar a coisa mais preciosa que ele tem, a virtude de suas meninas" a vários homens adultos enquanto ele assistia.
Segundo a declaração do FBI, ele teria afirmado ainda: "Deus consertará seus corpos e colocará a membrana de volta em seus corpos. Nunca tive tanta confiança em fazer a vontade dele. É tudo por amor".
O homem foi criado na Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mas começou sua própria seita. Os comportamentos pedófilos começaram a ser explorados por ele em 2019, quando andava de carro com sua filha de 14 anos. Na ocasião, ele teria dito que queria ter um filho com a adolescente e torná-la sua esposa.
Assustada com o que o pai tinha dito, a menina contou para a mãe sobre a conversa. Em reação, a esposa de Bateman rapidamente tirou a filha de casa e entrou com uma ordem de restrição contra ele.
Em setembro deste ano, agentes do FBI invadiram a casa do líder religioso no Arizona em busca de evidências de casamento ou sexo entre crianças e adultos. Desde então, ele está preso de forma preventiva, e possui 3 acusações de abuso infantil.
Separadamente disso, o estadunidense também é acusado de destruir evidências depois de deletar conversas de seu celular. No momento, não há nenhuma acusação de abuso sexual contra ele. Não se sabe se o homem contestou as alegações, e nada foi informado pelos advogados de Bateman.
