O presidente Lula voltou a criticar a postura do governo de Israel, que teria impedido a ajuda humanitária em Gaza
Redação Publicado em 06/03/2024, às 17h51
Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o governo de Israel, ao afirmar que a população da Faixa de Gaza é impedida de receber ajuda humanitária. Segundo o presidente, o conflito contra o Hamas impediu a chegada de "mais de 30 toneladas" de alimentos.
Não é possível continuar essa matança sem que o Conselho de Segurança da ONU pare essa guerra e permita que chegue alimento, que chegue remédio. Tem mais de 30 toneladas de alimento lá estocada para chegar e não consegue chegar” disse Lula.
Ainda sobre a crise humanitária na Palestina, ele afirmou que a humanidade deve perceber que "o que está acontecendo é um verdadeiro genocídio", conforme repercutido pelo jornal O Globo.
Se alguém tinha dúvida, as últimas imagens do que aconteceu em Gaza, mostra que todos nós seres humanos não percamos o humanismo que ainda tem dentro de nós, não sejamos algortimos, sejamos seres humanos de verdade e percebamos que o que está acontecendo lá é um verdadeiro genocídio que já mtou 30 mil pessoas, das quais 80% mulheres, 8 mil crianças, além de quase 10 mil pessoas desaparecidas”, acrescentou o presidente.
Lula concluiu sua declaração ao dizer que o Conselho de Segurança tem "obrigação" de "tomar uma atitude" e abrir um corredor humanitário na região.
“Continuo achando que o Conselho de Segurança tem obrigação de tomar uma atitude, abrir o corredor humanitário e permitir que chegue água, comida, remédio e que as pessoas sejam tratadas”, disse ele, após uma reunião com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, no Palácio do Planalto.
O governo de Israel bloqueou uma parcela da carga de ajuda humanitária enviada pelo Brasil, na fronteira com o Egito. A carga retida inclui purificadores portáteis.
O Itamaraty confirmou que as autoridades israelenses alegam razões de segurança, citando o acoplamento de placas solares aos purificadores, o que lhes permitiria funcionar. A justificativa fornecida foi o potencial uso das placas "para outros fins".
O deputado italiano Angelo Bonelli, do partido Europa Verde, divulgou a retenção da carga brasileira. Bonelli, que está na região, mencionou em suas redes sociais que 400 pacotes estavam retidos na passagem de Rafah, dos quais 30 foram enviados pelo Brasil.
Segundo a ONU, cerca de 2,2 milhões dos 2,4 milhões de habitantes de Gaza estão à beira da fome, especialmente na região norte, onde as forças israelenses impedem a entrada de ajuda humanitária.
