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Notícias / Escravidão

Mais de 20 escolas de elite da Inglaterra foram ligadas à escravidão, revela estudo

O passado sombrio das instituições — que eram, na maioria, de ensino privado — foi descoberto através da análise de documentos históricos

Redação Publicado em 04/05/2023, às 11h32

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Fotografia de 2009 da fachada da Eton College - Domínio Público/ Carlos Luis M C da Cruz
Fotografia de 2009 da fachada da Eton College - Domínio Público/ Carlos Luis M C da Cruz

Um estudo realizado pelas Universidades de Cambridge e de Durham, na Inglaterra, descobriu que uma série de instituições escolares de elite do país podem ter ligações com o sistema escravocrata.

Após consultarem documentos dos séculos 18 e 19, os pesquisadores por trás da iniciativa científica descobriram que, em 29 escolas e universidades diferentes, algumas das famílias que matricularam seus filhos ali teriam feito recebido uma compensação financeira por parte do governo britânico após a abolição da escravidão. 

Essa quantia teria servido, na época, como uma indenização pelo "prejuízo econômico" passado pelos antigos donos de escravizados ao serem obrigados a libertarem parte de sua mão-de-obra. 

Reflexões 

Vale mencionar que as instituições de ensino da Inglaterra conectadas ao antigo comércio de pessoas de descendência africana são, em sua maioria, particulares, de forma que a educação que oferecem não é acessível a indivíduos de classes sociais mais baixas. 

Essas questões atingem a questão fundamental de saber se o sistema de ensino privado deveria existir, e não apenas por causa da desigualdade que produz no Reino Unido, mas também pela desigualdade e violência em que está implicada internacionalmente", observou Sol Gamsu, o líder do estudo, conforme repercutiu o The Guardian. 

No tópico da importância dessas escolas com um passado problemático realizarem reparações históricas, o pesquisador completou ainda que a disponibilização de bolsas de ensino, embora necessária, não é o suficiente. 

"Em termos de se as escolas deveriam fazer reparações, sim — mas isso não pode significar apenas bolsas. Acho que os problemas destacados nesta pesquisa são mais profundos do que se a escola financia ou não mais algumas bolsas", completou ele.