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Notícias / Mundo

Menina chinesa de 1 ano tem feto de 'irmão gêmeo' removido do cérebro

Conhecida como "feto in feto" (FIF), condição rara consiste na presença do feto de um irmão gêmeo parasitando um indivíduo; veja fotos!

Éric Moreira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 08/03/2023, às 12h39

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Tomografia de menina chinesa que tinha feto gêmeo parasita no cérebro - Reprodução/Zongze Li et.al
Tomografia de menina chinesa que tinha feto gêmeo parasita no cérebro - Reprodução/Zongze Li et.al

Na China, um caso raro de feto in feto (FIF) — condição em que um feto gêmeo parasita o corpo de um indivíduo — foi resolvido recentemente, com a remoção de um 'gêmeo' do cérebro de uma menina de um ano.

A equipe de médicos responsável pelo procedimento é da Universidade Fudan, em Shangai, e outros detalhes sobre a anomalia foram descritos em dezembro de 2022 na revista científica Neurology.

Segundo os autores do estudo, a menina apresentava "atraso motor e perímetro cefálico aumentado", isso porque o feto gêmeo parasitava justamente seu cérebro, estado esse chamado de "feto in feto intracraniano". Outros registros mais comuns de FIF consistem em parasitismo em outras partes do corpo, de forma a não afetar o indivíduo da mesma maneira.

De acordo com a Revista Galileu, o sequenciamento completo do genoma, feito em exames anteriores à cirurgia, revelou "variantes idênticas de nucleotídeo único na criança e no feto".

Explicando melhor, por volta do quinto ou sexto dia de desenvolvimento embrionário da menina, houve um problema na separação das células e, o que resultaria em gêmeos idênticos, se tornou uma má-formação em que um dos fetos se alojou dentro de outro.

Imagens de tomografia da menina chinesa e do feto parasita removido
Imagens de tomografia da menina chinesa e do feto parasita removido / Crédito: Reprodução/Zongze Li et.al

Feto in feto

Um estudo de 2021 desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia Huazhong, na China, avaliou sete casos da condição de feto in feto (FIF) e concluiu que, na maioria das vezes, o feto se encontra dentro do corpo do bebê vivo, por isso não é comum que isso afete o cérebro. Além disso, mencionam também que a condição ocorre em um a cada 500 mil nascimentos, o que faz dela bastante rara.

Embora o feto parasita não possua vida independente, ele ainda é considerado vivo dentro do hospedeiro, de acordo com o estudo. "Como seu suprimento de nutrientes é derivado do hospedeiro, ele continua a crescer com o hospedeiro. Os FIFs geralmente apresentam desenvolvimento humano característico com presença de órgãos, tecidos e/ou cabelos", explica.