Novas análises de ossos de pessoas que viveram nos últimos dois milênios na cidade italiana mostram uma estatura média constante durante o longo período
Redação Publicado em 08/03/2023, às 15h23
Uma nova análise dos restos mortais de mais de 500 pessoas enterradas em Milão entre a era romana e o século 20 mostrou que a altura média dos habitantes da cidade do norte da Itália continuou a mesma por dois milênios.
O estudo que trata do assunto, publicado no periódico científico Science Reports, mostra que, mesmo que a altura variasse em indivíduos de épocas diferentes, a estatura média de homens e mulheres que moraram em Milão não mudou de nenhuma maneira significativa.
A altura de um ser humano é determinada tanto por aspectos genéticos como por influências ambientais. Nesse estudo, pesquisadores da Universidade de Milão buscaram entender mais sobre a história da região da cidade de Milão conhecendo a altura de 549 dos seus antigos habitantes, que podem ter vivido durante o auge do Império Romano, a Idade Média, a Era Moderna e a Era Contemporânea.
Os restos mortais analisados pela pesquisa eram, principalmente, de pessoas que provavelmente viveram uma vida simples, sem muitas riquezas, como se via nos bens encontrados nas sepulturas e nos dados históricos sobre os locais em que foram enterrados.
Durante o período de 2 mil anos, a estatura masculina variou entre 152 e 195,4 centímetros, e a média continuou sempre a mesma, de 168,5 centímetros. No caso das mulheres, as alturas variaram entre 143,5 e 177,6 centímetros, se estabilizando em uma média de 157,8 centímetros. A média de estaturas não apresentou mudanças significativas com o passar do tempo.
De acordo com os autores do estudo, a estabilidade nas alturas médias pode ter relação com uma vida relativamente melhor, em Milão, do que em outras cidades da região. Segundo a revista Planeta, a altura inalterada durante os milênios é um exemplo raro, que dificilmente se enxerga em outras populações ao longo dos milênios.
