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Notícias / Stalker

Mulher presa por perseguir médico ligou 500 vezes em um único dia para a vítima

Mulher que foi presa em Minas Gerais pelo crime de stalking desenvolveu obsessão pelo médico, chegando a perseguir a vítima por anos

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 20/05/2024, às 14h38 - Atualizado às 18h50

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Kawara Welch - Divulgação
Kawara Welch - Divulgação

Uma mulher que se apresenta nas redes sociais como artista plástica foi presa no início do mês em Minas Gerais por stalking contra um médico. A prática é considerada crime desde 2021.

Kawara Welch desenvolveu uma obsessão pelo profissional da saúde, que prefere não se identificar, com a esperança de iniciar um relacionamento amoroso com ele. A história de perseguição aconteceu na cidade de Ituiutaba segundo informações do Fantástico, da TV Globo.

O stalking ocorre quando uma pessoa persegue outra, seja pessoalmente, por telefone, ou até mesmo através de mensagens. A pena varia de seis meses a dois anos de prisão.

Longa perseguição

Kawara foi acusada pelo médico de persegui-lo desde 2019. Eles se conheceram em 2018, quando, segundo o médico, ela estava em tratamento para depressão. Após outros dois atendimentos, Kawara começou a procurar o médico na clínica onde trabalhava, dando início à perseguição.

Ela teve acesso ao meu celular e começou a enviar mensagens e fotos perturbadoras, amarrando lençol, corda no pescoço, se despedia de mim. Eu entrei em pânico", relatou o médico ao programa de TV.

De acordo com o portal Metrópoles, o médico relatou ainda que Kawara passou a enviar mensagens ameaçadoras e ele decidiu não mais atendê-la. No hospital particular onde ele trabalhava, pedia para que outra pessoa a atendesse.

Ela chegou a me passar 1.300 mensagens em um dia. E mais de 500 ligações em um único dia. Eu troquei de número de celular umas três ou quatro vezes, mas ela conseguia descobrir meu novo número com facilidade", contou ele.

Kawara também fez ligações insistentes para a esposa e o filho do médico. Além dos telefonemas e mensagens, a polícia encontrou montagens nas redes sociais feitas por Welch para dar a impressão de que os dois tinham um caso.

O médico também afirmou que ela começou a persegui-lo nas ruas, na chegada ao trabalho e a um congresso de medicina. Em 2022, Kawara invadiu o consultório durante o atendimento de uma paciente, e houve uma troca de agressões com a esposa do médico. Um ano depois, houve outro ataque no mesmo local, com xingamentos e acusações de roubo.

Tinha momentos de horrores, que eu entrava em pânico, porque ou ela aparecia ou ela fazia alguma coisa inesperada", afirmou o médico.

Kawara foi presa em flagrante, mas ficou apenas uma semana detida. Pagou fiança de R$ 3,5 mil e passou a responder ao processo em liberdade. Em março de 2023, porém, a Justiça determinou sua prisão preventiva por descumprimento de medidas cautelares.

Prisão

A mulher ficou foragida por mais de um ano até ser presa na semana passada, em uma faculdade em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, onde estudava nutrição. A defesa da acusada alega que houve um envolvimento entre ela e o médico, mas ele nega.

Nós acreditamos que não houve esse relacionamento. E, mesmo se houvesse, não justifica de forma alguma esse tipo de ação, essa conduta da Kawara”, afirmou o delegado do caso, Rafael Faria.

O médico e sua esposa estão em tratamento para controlar o pânico há um ano.