“Na hora, só abri a porta e pulei [do carro]”, disse a vítima sobre o ato de desespero
Redação Publicado em 15/02/2023, às 14h55 - Atualizado em 16/02/2023, às 14h19
Em Itanhaém, no litoral de São Paulo, uma mulher de 21 anos saltou de um carro em movimento após o motorista do aplicativo, de 54, desviar a rota programada. O caso aconteceu após a vítima ser reprovada no exame para Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de motocicleta.
Depois do teste, ocorrido no bairro Cibratel, a mulher — que não teve sua identidade revelada —, relatou ter pedido um motorista em um aplicativo privativo para voltar para casa. Por ser reprovada, relatou estar muito triste naquele momento.
Liguei para um amigo e estava conversando sobre isso na hora que entrei no carro. Quando desliguei, o motorista falou 'por que você está triste, moça?'", disse ao G1.
Ao contar o que aconteceu, o motorista demonstrou ‘solidariedade’ e perguntou se a jovem queria conversar sobre o ocorrido. Com a recusa, porém, ele insistiu. “Falei que não queria conversar e só queria ir para casa”.
"Percebi que ele estava indo no sentido contrário do caminho onde moro. Começou a virar ruas que não eram [parte do trajeto] e, quando olhei, ele estava subindo o morro e perguntei por que estava desviando", prosseguiu.
O motorista não respondeu à pergunta da vítima, apenas informando que a levaria para 'chorar em um lugar mais bonito'.
"Em um tom maldoso, [falou] que estava me levando em um lugar bonito para chorar melhor. Na hora, só abri a porta e pulei [do carro]. Saí correndo e pedindo por socorro. Minha sorte foi que achei um cara com um cachorrinho. Ele [motorista] manobrou, pisou no acelerador, veio atrás de mim falando para eu voltar [para o carro]", disse a mulher.
Embora o motorista tenha pedido para ela voltar ao carro, a mulher se recusou. Neste momento, a Guarda Civil Municipal (GCM) foi acionada e os dois foram encaminhados à delegacia.
Um Boletim de Ocorrência foi lavrado e o motorista segue sendo investigado por violência psicológica contra mulher pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Itanhaém. A empresa do aplicativo, a 99, afirmou que ele foi bloqueado imediatamente e ofereceu acolhimento e suporte à vítima.
