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Notícias / Nasa

Nasa revela ter descoberto 17 exoplanetas que podem ter oceanos habitáveis

Os planetas em questão possuem aproximadamente o tamanho da Terra e podem apresentar fontes termais, apesar de suas superfícies serem cobertas de gelo

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 19/12/2023, às 13h05

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Ilustração de um exoplaneta - Divvulgação/NASA
Ilustração de um exoplaneta - Divvulgação/NASA

Dezessete exoplanetas que possuem aproximadamente o tamanho da Terra e podem abrigar oceanos líquidos sob cascas de gelo foram identificados por cientistas da NASA.

Esses mundos que se encontram fora do Sistema Solar também podem apresentar atividade gêiser, — especialmente os planetas Proxima Centauri b e LHS 1140 b — permitindo que a água dos oceanos irrompa periodicamente por meio de fontes termais.

De acordo com o portal Galileu, os resultados da pesquisa foram detalhados em um artigo publicado em 4 de outubro no periódico Astrophysical Journal.

Lynnae Quick, líder do estudo e pesquisadora do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA em Greenbelt, Maryland, EUA, explicou que, apesar de compartilharem o tamanho aproximado da Terra, esses exoplanetas são menos densos, sugerindo a presença significativa de gelo e água em vez de rochas mais densas.

Segundo a fonte, estudos anteriores indicaram que esses mundos são muito mais frios do que a Terra, fortalecendo a teoria de que suas superfícies são cobertas por gelo.

O estudo aprimorou as estimativas da temperatura superficial de cada exoplaneta com base em seu brilho e em propriedades de duas luas do Sistema Solar: Europa, a lua de Júpiter, e Encélado, a lua de Saturno. Ambas têm oceanos subsuperficiais aquecidos por marés, embora não estejam localizadas na "zona habitável", onde as temperaturas permitiriam água líquida em suas superfícies.

O que o estudo sugere

Embora a busca por vida normalmente se concentre em exoplanetas na "zona habitável", este estudo sugere que um exoplaneta muito distante e frio ainda pode abrigar um oceano sob uma crosta de gelo se possuir calor interno suficiente, como ocorre com Europa e Encélado.

Os pesquisadores calcularam o aquecimento total dos planetas, considerando a órbita de cada um para obter o calor gerado pelas marés e adicionando esse resultado ao calor esperado da atividade radioativa.

As estimativas revelaram a espessura da camada de gelo em cada exoplaneta, comparando esses dados com os de Europa, indicando a atividade gêiser nesses mundos.

A atividade gêiser variou de 8 kg/s para o planeta Kepler 441b a até 290 mil kg/s em LHS 1140 b. Proxima Centauri b apresentou uma atividade de 6 milhões de kg/s, enquanto Europa registrou 2 mil kg/s.

Quanto às temperaturas superficiais, estas foram até 33ºC mais frias nos exoplanetas do que calculado anteriormente. A espessura estimada da camada de gelo foi de 58 metros em Proxima Centauri b, 1,6 quilômetro em LHS 1140 b, e 38,6 km em MOA 2007 BLG 192Lb, um valor ligeiramente inferior aos 29 km em Europa.

Com base nos modelos que preveem oceanos relativamente próximos à superfície de Proxima Centauri b e LHS 1140 b, juntamente com uma taxa de atividade gêiser que pode superar a de Europa por centenas a milhares de vezes, a pesquisadora Quick concluiu que é mais provável que telescópios detectem atividade geológica nesses exoplanetas.

+ Confira aqui o estudo completo.