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Notícias / Crise Yanomami

No último ano da gestão Bolsonaro, garimpo ilegal em terra yanomami cresceu 54%

Destruição atingiu 1.782 novos hectares no período; durante todo o mandato do ex-presidente, entretanto, o número acumulado é muito maior: 309%

Redação Publicado em 01/02/2023, às 12h15

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Aeronaves na comunidade de Homoxi (terra Yanomami) - Divulgação/Bruno Kelly/HAY
Aeronaves na comunidade de Homoxi (terra Yanomami) - Divulgação/Bruno Kelly/HAY

Durante o último ano da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami cresceu em 54%, mostra uma pesquisa feita pelo Instituto Socioambiental (ISA) em parceria com a Hutukara Associação Yanomami (HAY). 

Ainda em acordo com os dados, entre o período de dezembro de 2021 e dezembro de 2022, 1.782 novos hectares de terras yanomamis foram destruídas — o que vai de encontro com a abertura de novas áreas durante a gestão bolsonarista.

Dados relevantes

Já entre outubro de 2018 e dezembro de 2022, o acumulo é ainda mais assombroso: 309%, repercutiu matéria publicada pelo UOL. Durante esse período, foram mais de 3.817 hectares destruídos da maior terra indígena do país, situada entre Roraima e o Amazonas. 

Pesquisadores que realizaram o levantamento apontaram que num cenário de vitória bolsonarista no último pleito eleitoral poderia significar um aprofundamento ainda maior dos garimpos ilegais, ou até mesmo uma regularização da atividade. 

Com a derrota de Bolsonaro, e a promessa da gestão Lula de uma maior fiscalização na região, o os financiadores da atividade irregular teriam aproveitado os últimos meses do anos para aumentar as atividades no local, com o intuito de gerar o maior lucro possível

Desde que Lula foi eleito, o primeiro discurso dele foi de sinalizar o interesse em combater o garimpo ilegal em terras indígenas. Apesar disso, o território yanomami continuou bastante desprotegido. Então, é como se estivessem aproveitando os últimos momentos antes que a farra acabasse”, relatou o antropólogo Marcelo Moura Silva ao UOL.