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Notícias / Idade do Ferro

Jovem guerreiro da Idade do Ferro morreu duas vezes

A sepultura do século 3 a.C. continha um dos mais completos esqueletos já encontrados na Inglaterra

Alana Sousa Publicado em 12/12/2018, às 11h43 - Atualizado às 14h32

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Guerreiro - Getty Images
Guerreiro - Getty Images

Em um túmulo datado do século 3 a.C, em Yorkshire, na Inglaterra, foram encontrados dois esqueletos em situações bem mais complexas que o usual. A equipe inglesa da empresa MAP Prática Arqueológica descreve a descoberta como “um dos mais completos enterros de cadáveres já descobertos”.

No primeiro túmulo, havia os restos de um jovem guerreiro da Idade do Ferro, que morreu entre seus 17 e 25 anos, aparentemente de causas naturais. Mas seu enterro não foi nada natural.

O esqueleto do guerreiro Reprodução

O grupo aponta que o corpo deste guerreiro foi atacado e espancado antes de ser enterrado, além de apresentar sinais de que um ritual fúnebre foi elaborado. O exame também mostrou que ele foi perfurado por nove lanças, e seu cérebro foi esmagado com um golpe. Como as feridas foram infligidas depois da morte, uma explicação dada é que pode ter sido para evitar que ele ressuscitasse dos mortos (razão muito comum em suspeitas de pessoas que eram “vampiras”) ou para honrar sua vida de guerreiro e morrer uma morte de batalha.

 O segundo túmulo revelou o esqueleto de um homem mais velho, entre 60 e 70 anos, que foi enterrado junto com sua carruagem e 2 cavalos. Pela posição que os animais estavam, eles podem ter sido enterrados vivos.

O esqueleto enterrado com dois cavalo decapitados Reprodução

A suspeita dos arqueólogos é que os cavalos tenham sido jogados com vida e enterrados até a altura do pescoço, com suas cabeças para fora. O mais perturbador é que as duas cabeças foram decapitadas após o enterro, e possivelmente deixadas de guarda no topo da sepultura.

“Ambos ainda estavam em pé e foram colocados como se estivessem em movimento, como se estivessem saltando do túmulo. Parecia que seus crânios foram removidos séculos atrás”, diz Paula Ware, diretora do projeto.