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Notícias / Peixe

O jantar que teria matado um peixe há 180 milhões de anos

Os pesquisadores reexaminaram o fóssil que ficou escondido durante décadas em gaveta de museu

Redação Publicado em 14/08/2023, às 16h53 - Atualizado em 15/08/2023, às 09h46

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Fóssil de peixe de 180 milhões de anos - Reprodução / Samuel Cooper
Fóssil de peixe de 180 milhões de anos - Reprodução / Samuel Cooper

Cientistas fizeram uma intrigante descoberta ao desvendar a morte de um peixe pertencente à era dos dinossauros. Parece que esse antigo habitante dos mares teve um destino surpreendente: teria morrido por ter se aventurado a engolir uma concha desproporcionalmente grande para seu estômago, afirmam os pesquisadores.

A equipe de cientistas na Alemanha revelou que o peixe, conhecido como Pachycormus macropterus, engoliu uma concha de amonite, um extinto grupo de moluscos marinhos. Os pesquisadores sugerem duas possíveis causas para a morte do peixe. Ele pode ter se engasgado com a concha, o que resultou em sua morte, ou a concha, ao ser engolida, pode ter rasgado o estômago do peixe, levando ao seu trágico fim.

Esse notável fóssil foi originalmente descoberto próximo a Stuttgart em 1977, mas permaneceu armazenado no museu, quase esquecido, até ser minuciosamente analisado recentemente. A concha de amonite de 10 centímetros de largura está claramente impressa junto à espinha do peixe fossilizado, sugerindo um desfecho pouco usual para esse antigo morador dos mares.

O Pachycormus macropterus, semelhante em aparência a um atum e com cerca de 0,9 metro de comprimento, viveu aproximadamente 180 milhões de anos atrás, durante o período Jurássico, de acordo com a Live Science.

Possível erro

Nessa época, o sudoeste da Alemanha era um mar raso e quente, abrigando uma variada vida marinha, desde criaturas gigantes como ictiossauros e plesiossauros até seres menores, como esse peixe em questão. De acordo com Samuel Cooper, doutorando no Museu Estadual de História Natural de Stuttgart, os peixes Pachycormus geralmente se alimentavam de alimentos macios, como lulas.

A presença da concha de amonite no estômago desse peixe levanta questões intrigantes sobre o que pode ter levado o peixe a fazer uma escolha alimentar tão arriscada. Talvez tenha sido um erro de identificação, levando-o a confundir a concha com um alimento comestível, ou um acidente ocorrido enquanto o peixe se alimentava.

"Acho que é equivalente a você e eu engolir um pequeno prato", disse Cooper.