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Notícias / Papa

Rússia critica 'fala racista' do papa Francisco sobre guerra na Ucrânia

Polêmica se deu após entrevista do pontífice à principal revista jesuíta dos Estados Unidos; entenda!

Redação Publicado em 29/11/2022, às 14h33

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Papa Francisco durante missa - Getty Images
Papa Francisco durante missa - Getty Images

O representante da Igreja Católica, o papa Francisco, se envolveu em mais uma polêmica relacionada à Guerra da Ucrânia. Depois que disse que o Ocidente pudesse ter culpa pela invasão russa à Ucrânia, o papa fez um comentário de cunho racista sobre o comportamento das tropas russas no conflito.

O pontífice disse em entrevista à principal revista jesuíta dos Estados Unidos, a America, que os soldados não cristãos que estão a serviço da Rússia são mais cruéis do que aqueles que fazem parte da fé ortodoxa.

De forma geral, os mais cruéis são talvez aqueles que são da Rússia, mas não da tradição russa, como tchetchenos, buriatos e assim por diante", afirmou o papa, que é jesuíta.

Apesar do caráter eslavo e ortodoxo centrar em sua porção europeia, a Rússia é uma colcha de seus 95 entes federais. A ortodoxia russa equivale a cerca de 40% da fé declarada no país, já 6,5% são muçulmanos e 6,5% são outros cristãos, incluindo o grupo de principais minorias.

Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, afirmou no Telegram que “isso já não é mais russofobia, é uma perversão em um nível que nem sei nomear".

Nós somos uma só família, com buriátis, tchetchenos e outros representantes do nosso país multinacional e multiconfessional", disse.

Críticas a Francisco

Até mesmo uma ONG, que é em prol dos direitos dos buriatos e contrária à guerra, a Free Buryatia, criticou Francisco. "Fiquei extremamente desapontada ao ler essa declaração indesculpável e racista", disse Alexandra Garmajapova.  A representação da Rússia junto ao Vaticano expressou sua “grande insatisfação” com a fala do representante religioso.

Porém, segundo a Folha de S. Paulo, o pontífice havia indicado anteriormente que a invasão foi “provocada”, de certa forma, pelo Ocidente. Mas, ao mesmo tempo, ele é um grande crítico do conflito e já até levou alfinetadas por Moscou.