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Notícias / A Sociedade da Neve

A Sociedade da Neve: Sobrevivente da tragédia achou difícil assistir ao filme

Baseado no que ficou conhecido como 'Milagre dos Andes', A Sociedade da Neve é um dos filmes mais assistidos por brasileiros na Netflix

por Thiago Lincolins

tlincolins_colab@caras.com.br

Publicado em 08/01/2024, às 15h27 - Atualizado em 09/01/2024, às 10h41

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Roberto Canessa: Realidade e ficção - Héctor Maffuche e Divulgação/Netflix
Roberto Canessa: Realidade e ficção - Héctor Maffuche e Divulgação/Netflix

Lançado exclusivamente pela Netflix, A Sociedade da Neve retrata um dos acidentes mais trágicos da História. Em 13 de outubro de 1972, um avião que levava o time de rugby Old Christians Club, seus familiares e amigos colidiu com uma montanha na Cordilheira dos Andes. No total, 45 pessoas estavam no avião quando a tragédia ocorreu.

Os sobreviventes, entretanto, encararam um cenário desesperador. Além do frio intenso, quem não morreu no acidente precisou encarar avalanche e a fome. Em determinado momento, após um acordo, eles precisaram se alimentar dos corpos das vítimas. Em uma área isolada, encontrar aquelas pessoas era como procurar uma agulha no palheiro.

Agora, a história de sobrevivência das vítimas é resgatada em 'A Sociedade da Neve', filme dirigido por Juan Antonio Bayona e adaptado da obra homônima do jornalista Pablo Vierci, lançada em 2008, destaca o Tudum, o site oficial da Netflix.

Sobrevivente

Um dos sobreviventes que chama atenção no filme é Roberto Canessa. Após mais de 70 dias de agonia em uma área isolada, ele, ao lado de outro sobrevivente, decidiu descer as montanhas e procurar por ajuda, ação que resultou no resgate do grupo. 

Canessa, na época com 19 anos, afirmou que foi difícil assistir ao filme. Ele sentiu que estava 'imerso' no local do acidente após mais de 50 anos da tragédia real. 

Eu estava imerso naquele lugar novamente. Eu estava de volta à fuselagem", afirmou ao programa Today no ano passado. 

Canessa também relembrou o pacto feito pelo grupo enquanto estavam isolados. Eles concordaram que, caso não sobrevivessem, os seus corpos poderiam ser usados como alimento. O que, de fato, aconteceu.

"Achei que, se morresse, ficaria orgulhoso de que meu corpo seria usado por outra pessoa", afirmou Canessa. 

Em entrevista ao The Hollywood Reporter, o diretor Juan Antonio Bayona explicou que teve autorização dos sobreviventes e dos familiares das vítimas. Inclusive, os atores estiveram em contato com as pessoas que vivenciaram o acidente dramático. 

"(...) Lembre-se de que esta é a primeira vez que temos permissão de todas as famílias para usar seus nomes verdadeiros", disse ele ao veículo.