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Matérias / O Pianista

Como o filme 'O Pianista' afetou a vida de Adrien Brody

Ator venceu o Oscar de Melhor Ator por sua representação de um pianista polonês que sobreviveu ao Holocausto

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 18/12/2022, às 00h00

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Adrien Brody em 'O Pianista' (2002) - Divulgação/Miramax
Adrien Brody em 'O Pianista' (2002) - Divulgação/Miramax

Em 2003, o ator Adrien Brody se tornou o mais jovem a vencer o Oscar na categoria Melhor Ator por seu papel brilhante em 'O Pianista'. Apesar de ter apenas 29 anos na época, sua interpretação lhe colocou num hall que foi alcançado por poucos. 

'O Pianista' ainda ficou com as estatuetas de Melhor Roteiro e de Melhor Diretor, para Roman Polanski. Já Brody, além de outros grandes papéis, como ‘A Vila’ (2004), ‘O Grande Hotel Budapeste’ (2014) e mais recentemente ‘Peaky Blinders’ e ‘Blonde’ (2022); disse que o filme mudou completamente sua forma de enxergar a vida. 

O Pianista

Lançado em 2002, 'O Pianista' é baseado no romance homônimo autobiográfico de Wladyslaw Szpilman, um pianista e compositor judeu que viveu os horrores da perseguição nazista na Segunda Guerra enquanto vivia na Polônia ocupada. A obra original foi publicada em 1946. 

O clássico conta como Szpilman sobreviveu nas ruínas da cidade de Varsóvia, onde, ocasionalmente, contou com a ajuda de amigos e almas caridosas; além de um capitão que admirava seu talento em tocar piano.

Em entrevista à GQ, em outubro do ano passado, Adrien Brody relembrou sua trajetória e o impacto que 'O Pianista' teve em sua carreira. O ator disse que conseguiu o papel por um “golpe de sorte”, descrevendo-o como o momento em que “a preparação encontra a oportunidade”. 

O norte-americano, ainda, afirmou que dar vida à Wladyslaw Szpilman foi uma enorme “responsabilidade”. O personagem, além do mais, lhe afetou de tal maneira que a história do judeu “nunca me deixou”. 

A responsabilidade que senti ao desempenhar esse papel, e o processo, você sabe, tão profundo, tão profundo, que nunca me deixou."

"Além dos benefícios óbvios da carreira e dos elogios, mudou minha vida como homem, como um jovem homem Eu realmente sinto que aquele filme me fez entender muito, e me fez perceber o quanto eu não dava valor”, disse. 

Um papel profundo

Ainda à GQ, Adrien relatou que antes do filme de 2002, ele já estava “ansioso para encontrar um personagem com tal profundidade”, afirmando que a história de Wladyslaw Szpilman definitivamente lhe representou isso. 

Adrien Brody em 'O Pianista' (2002)/ Crédito: Divulgação/Miramax

Como frutos do trabalho, o ator apontou que a experiência o fez se colocar no lugar de seu personagem, além dos desafios que enfrentou em sua rotina de “perder muito peso” para demonstrar com maior fidelidade as transformações físicas de Szpilman

Você não pode agir como emaciado, você tem que se tornar emaciado”, alegou. 

Brody ainda descreveu o “vazio” que teve de ter para interpretar alguém que perdeu toda sua “vontade, poder e força”, o que lhe fez alcançar um “nível de empatia” que ele carrega até hoje — duas décadas depois. 

Por fim, Adrien Brody revelou que viveu por muitos extremos para se tornar o mais próximo possível do pianista polonês que sobreviveu ao Holocausto. Em entrevista à BBC, ele recordou que abriu mão de diversas coisas para tentar entender a mentalidade de Wladyslaw Szpilman

"Dei meu apartamento, vendi meu carro, desliguei os telefones e fui embora. Peguei duas malas e meu teclado, e me mudei para a Europa", finalizou.