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Matérias / Cleópatra

Manobras de poder, amantes e morte intrigante: A trajetória de Cleópatra, última rainha do Egito

O pesquisador e escritor Paulo Rezzutti relembra a vida desta figura histórica que fascina até hoje a cultura Ocidental

Redação Publicado em 18/05/2023, às 17h51 - Atualizado em 30/10/2023, às 17h06

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A rainha por Alexandre Cabanel (1887) - Alexandre Cabanel, Wikimedia Commons, Domínio Público
A rainha por Alexandre Cabanel (1887) - Alexandre Cabanel, Wikimedia Commons, Domínio Público

A história de Cleópatra já inspirou pinturas, peças de teatro, filmes e, neste ano, uma instigante série da Netflix. Nossa cultura pop ocidental está repleta de referências à rainha, e, dada sua relevância histórica, não é para menos. 

A vida da governante egípcia é repleta de elementos instigantes, como o fato de ter sido a última rainha do poderoso Império do Egito, os seus romances com Júlio César, líder político de Roma, e depois com o general Marco Antônio. Ainda intriga seu misterioso suicídio por envenenamento. 

Em um vídeo produzido pelo escritor e pesquisador Paulo Rezzutti para seu canal de mesmo nome no Youtube, ele reconta de forma didática a curiosa trajetória de Cleópatra

Mente afiada 

Uma das principais características destacadas por Rezzutti ao falar da rainha é a inteligência. A última faraó do Egito não apenas recebeu uma educação de altíssima qualidade, como também parecia mostrar uma aptidão natural para encantar as pessoas com sua sagacidade. 

Essa mente afiada teria sido um fator decisivo, por exemplo, para o início de seu relacionamento com Júlio César, que era o então governante de uma civilização conhecida por seus muitos sucessos militares, a irrefreável Roma.

Busto da rainha Cleópatra VII /Crédito: Domínio Público

Em 48 a.C., o romano ordenou que Cleópatra e seu irmão mais novo, o Ptolomeu XIV — que também era seu marido, seguindo a tradição de casamentos endogâmicos das dinastias egípcias —, fizessem as pazes para que pudessem proporcionar um governo mais estável ao Egito como faraós.

Nenhum dos dois, todavia, estava interessado em um acordo naquele momento, e Ptolomeu XIV levou um exército consigo para a reunião onde a suposta paz seria negociada, o que não agradou Júlio César. Uma lenda famosa diz que monarca, por outro lado, teve uma abordagem bem diferente à situação, segundo conta Rezzutti:

A Cleópatra foi muito mais inteligente. Ela se vestiu com suas roupas mais bonitas, se cobriu com suas joias, e foi direto falar com o César, que estava hospedado no palácio real. Uma lenda diz que ela precisava entrar sem que o Ptolomeu percebesse, então mandou de presente para o César um tapete, e quando foi desenrolado, Cleópatra estava dentro", explicou o escritor, enfatizando que se trata de uma lenda. 

Muito já se especulou a respeito da suposta beleza estonteante da última rainha do Egito, capaz de seduzir não só um líder romano, mas dois (Júlio César e Marco Antônio). Vale apontar, todavia, que algumas reconstruções do rosto dela mostram uma aparência comum, sugerindo que ela conquistou os corações de seus poderosos amantes usando uma ferramenta diferente.

A arma de sedução da Cleópatra não tinha nada a ver com sua aparência física, e sim com sua inteligência, sua sagacidade e sua simpatia. Ela tinha uma ótima conversa, e sabia fazer as pessoas se sentirem bem falando com ela. A estratégia funcionou, e César e Cleópatra se tornaram amantes", observou Paulo Rezzutti

O historiador acrescentou ainda que, apesar da grande diferença de idade do casal, eles eram unidos pelo interesse político e por sua intelectualidade. 

Para saber mais sobre esse e outros eventos da vida de Cleópatra, confira o vídeo do historiador na íntegra abaixo: