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Matérias / Michelangelo

Quantas versões Michelangelo criou da Pietà?

Michelangelo ascendeu à fama com sua primeira Pietà, mas o que nem todos sabem é que ele também esculpiria outras versões da estátua mais tarde

Ingredi Brunato Publicado em 30/07/2023, às 09h00 - Atualizado em 18/08/2023, às 17h24

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Montagem mostrando as Pietàs de Michelangelo - Divulgação/ Wikimedia Commons
Montagem mostrando as Pietàs de Michelangelo - Divulgação/ Wikimedia Commons

Um dos tópicos recorrentes da arte produzida na Europa durante o período de florescimento artístico-cultural conhecido como Renascimento é a cena bíblica na qual a Virgem Maria segura nos braços o corpo desfalecido de seu filho, Jesus Cristo, após a crucificação

As representações dentro deste tema artístico de teor cristão são nomeadas de "Pietà", que é a palavra em alemão para "piedade" ou então "compaixão", conforme explicado pelo portal Britannica. 

Um dos escultores mais respeitados atualmente a se aventurar neste gênero, por sua vez, foi o italiano Michelangelo, considerado um dos artistas mais importantes da história da arte ocidental. Ele criou mais de uma obra baseada nesta passagem da Bíblia, porém a mais famosa é aquela que fica localizada hoje na Basílica de São Pedro, na cidade do Vaticano.  

As Pietàs 

A chamada "Pietà do Vaticano" é uma peça que o artista renascentista esculpiu em sua juventude, tendo sida encomendada por Jean de Billheres, um cardeal que queria uma decoração deslumbrante para seu túmulo

Fotografia da Pietà do Vaticano / Crédito: Divulgação/ Wikimmedia Commons

A obra de arte serviu para demonstrar a impressionante habilidade de Michelangelo de dar ao mármore que moldava uma aparência de pele humana ou então de tecidos, o que o tornou uma figura prestigiada ainda durante sua vida. 

Vale apontar que o gênio italiano deixou para trás um vasto legado artístico, que inclui não apenas a belíssima pintura no teto da Capela Sistina, como também mais de 200 esculturas. 

Entre elas, estão outras duas Pietàs, que são menos conhecidas que a primeira. Enquanto a versão da Basílica de São Pedro foi criada entre 1498 e 1499, quando Michelangelo tinha cerca de 24 anos. A seguinte apenas seria esculpida entre 1547 e 1555, época em que o artista já estava na terceira idade.

Fotografia da Pietà Florentina / Crédito: Divulgação/ Wikimmedia Commons

A segunda escultura retrata, além da Virgem e seu filho, o fariseu Nicodemos, que segundo as escrituras bíblicas teria ajudado a sepultar Cristo, e ainda conta com a presença de Maria Madalena à esquerda.

Um detalhe interessante sobre a chamada Pietà Florentina é que, Michelangelo usou o rosto de Nicodemos para fazer um autorretrato. O artista, no entanto, não teria ficado satisfeito com a aparência final de sua obra, de forma que tentou destruí-la com um martelo, apenas sendo impedido graças à intervenção de um criado. 

A peça, que se não fosse pelo criado do italiano poderia não estar disponível para ser admirada hoje, está exposta no Museu dell'Opera del Duomo, situado em Florença, na Itália.  

Já a última Pietà do escultor, apelidada de "Rondanini", foi encontrada em sua casa após sua morte. Ela se encontrava ainda incompleta, servindo assim para que estudiosos de Michelangelo entendessem melhor as etapas de seu processo artístico. 

Fotografia da Pietà Rondanini / Crédito: Divulgação/ Wikimmedia Commons

Por fim, uma curiosidade de relevância é que as três obras de arte foram unidas pela primeira vez em uma exposição realizada pelo Duomo de Florença em 2022, conforme divulgado na época pela Folha de São Paulo.