Em vídeo, o pesquisador Paulo Rezzutti entrou em detalhes sobre a vida do estadista francês que mudou o curso da História
Redação Publicado em 25/05/2023, às 17h08 - Atualizado em 30/10/2023, às 17h08
Napoleão Bonaparte é uma figura histórica de relevância inegável cujas decisões de vida — seja aquelas que levaram a triunfos grandiosos ou as que terminaram em derrotas humilhantes — impactaram o mundo todo.
Ele se notabilizou como um dos mais importantes estrategistas militares da História, ele redesenhou o mapa da Europa, destronou reis, criou novos Estados e espalhou os ideais liberais da Revolução Francesa e dos direitos dos homens pelo continente europeu, influenciando até no destino do Brasil", é como o pesquisador e escritor Paulo Rezzutti apresentou o fascinante estadista francês em um vídeo de seu canal no Youtube.
O grande responsável por catapultar Napoleão Bonaparte para uma posição de poder teria sido seu destaque em campo de batalha.
Desde a juventude, como estudante da Academia Militar Real de Paris, ele já mostrava talento para o comando de tropas e para a elaboração de estratégias de guerra — curiosamente, porém, existem relatos de que ele não seria particularmente habilidoso em pontaria ou equitação, segundo apontou Rezzutti.
Sua carreira no Exército foi meteórica, conquistando inúmeras vitórias no exterior para a França. Ele liderou sua primeira campanha militar na Europa (mais especificamente, na Itália) entre 1796 e 1797, com apenas 27 anos, e em apenas um ano foi capaz de alcançar status de herói nacional, além de ter criado amizades com inúmeros generais de renome.
Em treze meses de campanha, o Napoleão havia vencido 18 batalhas, capturado 150 mil prisioneiros, saqueado valores que aproximadamente hoje dariam cerca de 50 milhões de dólares (além de 300 peças de arte), e virado herói nacional. Até a rua onde ele morava em Paris acabou mudando o nome para 'Rua da Vitória' em homenagem a ele", explicou Paulo Rezzutti.
A escalada de Napoleão para o poder teria sido auxiliada também por sua amizade com Robespierre, que era uma das mais importantes figuras entre os jacobinos e teria permitido os primeiros contatos do futuro imperador francês com o mundo da política.
Contando com a admiração da população e o apoio da burguesia revolucionária, o francês conseguiu se tornar cônsul e depois imperador. Ele teria, aliás, feito questão de deixar claro sua grandiosidade como governante desde o momento da coroação, em que tirou a coroa das mãos do Papa Pio VII, que conduzia o ritual, e colocou o objeto em sua própria cabeça.
Não é apenas por suas conquistas em campo de batalha que o legado de Bonaparte é impactante: como líder político da França, ele realizou inúmeras medidas importantes para a economia e para o bem-estar da população.
Naqueles primeiros anos de governo, o imperador criou o banco nacional do país, modernizou o sistema de educação, reformou o Estado e as Forças Armadas, encorajou o desenvolvimento da arte e das descobertas científicas e ainda criou o famoso Código Napoleônico (um conjunto de leis que postularam o funcionamento da nação de acordo com os princípios iluministas que inspiraram a Revolução Francesa).
Aquilo pelo qual Napoleão é mais lembrado, porém, é seu ambicioso projeto expansionista, através do qual conquistou inúmeros territórios, estabeleceu um bloqueio continental para isolar economicamente a Inglaterra do restante do mundo e, no geral, buscou dominar a Europa.
Vale lembrar aqui, inclusive, que foi o avanço das tropas francesas Portugal adentro que levou a Família Real a fugir para o Brasil, mudando o curso da História de nosso país.
Eventualmente, contudo, a ambição do imperador acabaria se tornando sua ruína. Sua derrota mais famosa é aquela que resultou de sua tentativa desastrosa de invadir a Rússia, na qual 90% de seu exército napoleônico teria morrido de fome e frio em meio às terras inimigas.
Após muitas perdas militares (e, consequentemente, econômicas também), Napoleão Bonaparte acabaria abdicando de sua posição como governante e sendo forçado ao exílio na ilha de Elba.
Ele ainda tentou recuperar sua glória passada uma outra vez em 1815, quando voltou à França e passou mais 100 dias no poder, porém abdicou novamente. Ele foi enviado então para um lugar ainda mais longínquo, a ilha de Santa Helena, onde teria passado o restante de seus dias em uma casa que Paulo Rezzutti descreve como "úmida e com correntes de ar", o que frequentemente deixava Bonaparte e seus apoiadores gripados.
O antigo imperador francês que redesenhou o mapa da Europa faleceu em 1821, aos 51 anos, sendo abatido por um câncer de estômago.
Abaixo, é possível conferir o vídeo de Rezzutti a respeito da figura histórica, que possui ainda mais detalhes sobre suas vitórias, o seu declínio e ainda as controvérsias que marcaram o legado napoleônico, como o fato que Napoleão Bonapartereinstaurou a escravidão após ela já ter sido abolida:
