Saiba mais sobre essas incríveis regiões do Universo que são poderosas o suficiente para engolir estrelas e planetas
Ingredi Brunato Publicado em 12/09/2023, às 17h55
Buracos negros são alvo de grande curiosidade, tanto no campo da ciência quanto entre os leigos. Além deles possuírem uma força gravitacional incrivelmente poderosa capaz de atrair tudo que está em seus arredores, os buracos negros são cercados de mistério, uma vez que muitas perguntas a respeito de seu funcionamento ainda estão em aberto hoje.
Confira abaixo algumas curiosidades a respeito desses elementos extremos do Universo que deixam a humanidade perplexa!
Antes de qualquer outra coisa, é importante entender qual a origem dessas curiosas regiões do espaço: elas se originam a partir de estrelas supermassivas "mortas", ou seja, que terminaram de queimar todo o seu combustível.
Enquanto os astros pequenos se tornam anãs brancas e os médios se transformam em estrelas de nêutrons, os gigantes são destinados a sofrer um colapso de sua massa, que passa a se concentrar em um ponto muito pequeno.
Uma massa tão densa concentrada em um espaço reduzido, por sua vez, é incrivelmente densa, assim gerando um potente campo gravitacional que serve para atrair mais objetos massivos. É assim que o buraco negro começa a consumir tudo que está ao seu redor.
Segundo repercutido pela Universidade do Maine, os chamados "buracos negros estelares", que são os que os astrônomos encontram com mais frequência, têm entre 10 e 100 vezes a massa de nosso Sol.
Essas regiões do espaço-tempo, porém, também podem ser supermassivas, como é o caso das que existem no centro de galáxias, e possuem nada menos que milhões de vezes a massa solar.
O Sagittarius A*, aliás, que está no coração da Via Láctea e foi o primeiro buraco negro a ser fotografado pela humanidade (o que ocorreu em 2022), pertence ao segundo grupo.
Singularidades são definidas por um ponto no espaço-tempo em que grandezas como a massa e a densidade tendem ao infinito. É uma zona tecnicamente incompreensível para nossa ciência atual, uma vez que suas regras não podem ser explicadas pelas equações da Física.
É nesses pontos que fica concentrada toda a massa de um buraco negro. Outra curiosidade é que esse conceito se relaciona com a própria origem do espaço sideral, uma vez que a teoria mais aceita atualmente entre os astrônomos é que, antes do Big Bang, tudo que existia no Universo estava em uma única singularidade primordial.
A espaguetificação é um processo que ocorre com os objetos massivos quando eles se aproximam de uma singularidade: a força gravitacional é tão intensa que a massa é deformada, se dividindo em filamentos que lembram um macarrão espaguete.
O fenômeno já foi observado, por exemplo, acontecendo com estrelas à medida que elas eram consumidas por buracos negros. Para saber mais, confira a matéria deste link.
Embora o tópico de viagem no tempo frequentemente seja explorado pelo gênero da ficção científica em conexão a buracos negros, infelizmente não existe qualquer confirmação científica de que isso é possível.
Conforme repercutido por uma matéria de 2022 do G1, quando um objeto é engolido por uma dessas regiões do espaço sideral, ele provavelmente apenas se une à singularidade que está exercendo a força gravitacional.
