Arlete Hilú morreu aos 78 anos no interior de São Paulo; ela ficou conhecida por liderar esquema de sequestro de bebês de maternidades na década de 1980
Redação Publicado em 20/04/2024, às 12h47
Arlete Honorina Vitor Hilú, mais conhecida apenas como Arlete Hilú, morreu aos 78 anos em dezembro de 2023, no interior de São Paulo, e informação foi divulgada pela família só nesta semana. Ela vivia desde 2016 em uma casa de repouso em Porto Feliz, mas era conhecida por ter liderado, na década de 1980, um esquema de sequestro e tráfico de bebês do Brasil para outros países.
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Segundo o UOL, Hilú tinha Alzheimer, e já não estava mais lúcida em seus últimos anos de vida. Sua morte foi provocada por um "choque séptico de múltiplos focos", de acordo com sua certidão de óbito, que teria evoluído de uma infecção urinária e de uma pneumonia.
Viúva, Hilú tinha também dois filhos, de 39 e 56 anos. Porém, segundo uma fonte próxima da mulher, ela nunca recebia visitar e costumava vestir-se apenas com roupas emprestadas; ela teria perdido todos os seus bens depois de uma inundação na casa em que morava, em Balneário Piçarras, em Santa Catarina.
Na década de 1980, Arlete Hilú ficou conhecida por comandar um esquema criminoso que sequestrava bebês em maternidades, além de comprar bebês de famílias pobres por valores irrisórios. Depois, estas crianças eram vendidas no exterior, especialmente em Israel e países da Europa, por dezenas de milhares de dólares — na época, dizia-se que um bebê brasileiro poderia ser vendido por até US$ 10 mil, mas existem registros de valores ainda maiores.
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O foco de atuação da quadrilha era na cidade de Curitiba, e quando Hilú foi presa, foi condenada por tráfico de crianças, falsidade ideológica, formação de quadrilha e também por retirar crianças ilegalmente do Brasil.
