O objetivo do processo de judicialização, segundo Thomas Will, é conseguir mais condenações pelo Holocausto
Redação Publicado em 26/01/2023, às 18h00
O maior caçador de nazistas da Alemanha, Thomas Will, entregou cinco casos de colaboradores do nazismo, que ainda estão vivos, para os promotores na Alemanha. O objetivo do processo de judicialização conseguir mais condenações pelo Holocausto, mesmo com a morte dos remanescentes com mais de 90 anos.
Segundo informações publicadas pela Reuters, Will afirmou, em comunicado, que acredita que os cinco casos apresentados por ele na Justiça ainda têm chance de serem julgados.
O assassinato não está sujeito a um estatuto de limitações. Portanto, enquanto os perpetradores estiverem vivos, prosseguiremos com os casos".
Atualmente, Will trabalha como chefe do Escritório Central das Autoridades Judiciais do Estado da Alemanha, no setor de Investigação de Crimes Nacional-Socialistas. Desde sua fundação, em 1958, a equipe já lançou mais de 7694 investigações sobre crimes da Segunda Guerra Mundial.
O Holocausto ou Shoá, como é chamado pela comunidade judaica, é o nome dado ao genocídio das minorias, principalmente judeus, durante a Segunda Guerra. O resultado de um longo caminho de perseguição, repressão e violência, deixou mais de seis milhões de vítimas.
Muitos órgãos e autoridades mundiais temem que, conforme os sobreviventes do Holocausto morrem, o conhecimento do genocídio de judeus europeus na Europa ocupada pela Alemanha seja esquecido ou cada vez mais ignorado.
Ainda de acordo com o G1, uma pesquisa publicada na última quarta-feira, 25, mostrou que um quarto dos holandeses nascidos depois de 1980 acreditam que o fato histórico não aconteceu e que o número de vítimas é fora da realidade.
